Com alta demanda, a liberação dos cerca de R$ 8 bilhões de valores a serem recebidos pelos cidadãos ainda irá demorar um pouco para acontecer. Nesta segunda-feira (14), o Banco Central colocou no ar um novo site exclusivo para que as pessoas consultem os saldos remanescentes nos bancos, mas essa primeira fase ainda não permite a liberação de nenhuma quantia.
A partir de hoje, qualquer pessoa munida de seu CPF e data de nascimento podem acessar o valoresareceber.bcb.gov.br/publico. No site criado especificamente para a consulta, o usuário irá digitar seus dados e saberá se tem alguma quantia. Isso no entanto não quer dizer, agora, que o dinheiro poderá ser acessado.
Veja como consultar o site:
O planejamento do Banco Central estipulou datas para que os cidadãos retornem ao site para fazerem a consulta final e solicitarem o pagamento. No momento da primeira consulta, aberta hoje, você saberá se tem valor a receber e, caso positivo, receberá data e período para consultar e solicitar o resgate do saldo existente.
Pelas regras estabelecidas pelo Banco Central, aqueles que nasceram antes de 1968 são os primeiros da lista. Para essas pessoas, que já estão com a consulta aberta a partir de hoje, será preciso retornar ao mesmo site disponibilizado pelo Banco Central no período de 7 a 11 de março de 2022 para realização de nova consulta e resgate dos valores.
Quem nasceu entre 1968 e 1983 também tem a possibilidade de consultar se está elegível a partir desta segunda-feira (14), no entanto, deverá fazer o mesmo movimento de retorno ao site da consulta entre os dias 14 e 18 de março para ter acesso ao dinheiro.
Já quem nasceu após 1983 só poderá começar a ter acesso ao dinheiro entre os dias 21 a 25 de março.
Para todas as fases do calendário, o Banco Central também institui uma "repescagem". Para o primeiro grupo (antes de 1968), quem perder a data pode consultar a liberação do dinheiro no dia 12 de março. Quem nasceu entre 1968 e 1983 tem como repescagem o dia 19 de março. Já o último grupo (nascidos após 1983) pode voltar a consultar o recebimento, após o período normal estipulado pelo BC, no dia 26 de março de 2022.
Para quem perder o prazo, o BC alerta que a consulta ou solicita para o resgate do saldo existente poderá ser feita a partir de 28/03/2022. Após esse período, segundo o Banco Central, o dinheiro ainda continuará guardado, à espera.
Diferente desta primeira consulta, que exige apenas CPF ou CNPJ e data de nascimento, para acessar o dinheiro o interessado precisará de um login Gov.br nível prata ou ouro (que exigem o cruzamento de dados bancários com a plataforma do governo federal e a autenticação facial do usuário no aplicativo).
Para acessar o Sistema Valores a Receber na data e período agendados para consulta e resgate, por tanto, é preciso ter feito o cadastro gratuito no site ou pelo App Gov.br (Google Play e App Store).
Quem acessar o site para consulta a partir desta segunda-feira e se deparar com um aviso pedindo para que retorne no dia dois de maior, poderá o fazer para saber se a partir da data informada (segunda rodada) tem alguma quantia. Neste primeiro momento pouco mais de R$ 3,9 bilhões, dos R$ 8 bilhões a serem pagos, estão disponíveis para a consulta e retirada no calendário estipulado pela autoridade monetária.
De onde vem esse dinheiro?
O serviço de valores a receber do Banco Central assemelha-se ao Registrato, onde o cidadão pode consultar dívidas em seu nome com os bancos. A diferença é que, no caso do valores a receber, a consulta feita é referente a saldo positivo que esteja parado nas instituições financeiras, sendo oriundo de contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível; tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Segundo o Banco Central, nesta primeira fase do serviço são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos para 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas.
O BC alerta sobre o risco de alguns golpes que podem ser aplicados. O serviço não será disponibilizado em nenhuma outra página da internet. Além disso, não serão feitos contatos telefônicos nem envio de links para as pessoas, para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
“Ninguém está autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber. Portanto, o cidadão nunca deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram”, informa o BC, acrescentando que nenhum pagamento deverá ser efetuado para que se tenha acesso aos valores.
Comentários