DINHEIRO

Banco Central libera consulta aos R$ 8 bilhões a receber de bancos, mas pagamento pode demorar mais de um mês

Neste primeiro momento, usuário só consegue saber se tem algum saldo disponível, devendo ainda esperar para ter acesso ao dinheiro

Lucas Moraes
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Lucas Moraes
Publicado em 14/02/2022 às 9:14
José Cruz/Agência Brasil
Novo lote do abono salarial PIS/Pasep foi liberado nesta terça-feira (29) - FOTO: José Cruz/Agência Brasil
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Com alta demanda, a liberação dos cerca de R$ 8 bilhões de valores a serem recebidos pelos cidadãos ainda irá demorar um pouco para acontecer. Nesta segunda-feira (14), o Banco Central colocou no ar um novo site exclusivo para que as pessoas consultem os saldos remanescentes nos bancos, mas essa primeira fase ainda não permite a liberação de nenhuma quantia. 

 

A partir de hoje, qualquer pessoa munida de seu CPF e data de nascimento podem acessar o valoresareceber.bcb.gov.br/publico. No site criado especificamente para a consulta, o usuário irá digitar seus dados e saberá se tem alguma quantia. Isso no entanto não quer dizer, agora, que o dinheiro poderá ser acessado. 

Veja como consultar o site:

O planejamento do Banco Central estipulou datas para que os cidadãos retornem ao site para fazerem a consulta final e solicitarem o pagamento. No momento da primeira consulta, aberta hoje, você saberá se tem valor a receber e, caso positivo, receberá data e período para consultar e solicitar o resgate do saldo existente.

Pelas regras estabelecidas pelo Banco Central, aqueles que nasceram antes de 1968 são os primeiros da lista. Para essas pessoas, que já estão com a consulta aberta a partir de hoje, será preciso retornar ao mesmo site disponibilizado pelo Banco Central no período de 7 a 11 de março de 2022 para realização de nova consulta e resgate dos valores. 

Quem nasceu entre 1968 e 1983 também tem a possibilidade de consultar se está elegível a partir desta segunda-feira (14), no entanto, deverá fazer o mesmo movimento de retorno ao site da consulta entre os dias 14 e 18 de março para ter acesso ao dinheiro. 

Já quem nasceu após 1983 só poderá começar a ter acesso ao dinheiro entre os dias 21 a 25 de março.

Para todas as fases do calendário, o Banco Central também institui uma "repescagem". Para o primeiro grupo (antes de 1968), quem perder a data pode consultar a liberação do dinheiro no dia 12 de março. Quem nasceu entre 1968 e 1983 tem como repescagem o dia 19 de março. Já o último grupo (nascidos após 1983) pode voltar a consultar o recebimento, após o período normal estipulado pelo BC, no dia 26 de março de 2022. 

Para quem perder o prazo, o BC alerta que a consulta ou solicita para o resgate do saldo existente poderá ser feita a partir de 28/03/2022. Após esse período, segundo o Banco Central, o dinheiro ainda continuará guardado, à espera. 

Diferente desta primeira consulta, que exige apenas CPF ou CNPJ e data de nascimento, para acessar o dinheiro o interessado precisará de um login Gov.br nível prata ou ouro (que exigem o cruzamento de dados bancários com a plataforma do governo federal e a autenticação facial do usuário no aplicativo).

Para acessar o Sistema Valores a Receber na data e período agendados para consulta e resgate, por tanto, é preciso ter feito o cadastro gratuito no site ou pelo App Gov.br (Google Play e App Store).

Quem acessar o site para consulta a partir desta segunda-feira e se deparar com um aviso pedindo para que retorne no dia dois de maior, poderá o fazer para saber se a partir da data informada (segunda rodada) tem alguma quantia. Neste primeiro momento pouco mais de R$ 3,9 bilhões, dos R$ 8 bilhões a serem pagos, estão disponíveis para a consulta e retirada no calendário estipulado pela autoridade monetária.

De onde vem esse dinheiro?

O serviço de valores a receber do Banco Central assemelha-se ao Registrato, onde o cidadão pode consultar dívidas em seu nome com os bancos. A diferença é que, no caso do valores a receber, a consulta feita é referente a saldo positivo que esteja parado nas instituições financeiras, sendo oriundo de contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível; tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Segundo o Banco Central, nesta primeira fase do serviço são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos para 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas.

O BC alerta sobre o risco de alguns golpes que podem ser aplicados. O serviço não será disponibilizado em nenhuma outra página da internet. Além disso, não serão feitos contatos telefônicos nem envio de links para as pessoas, para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

“Ninguém está autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber. Portanto, o cidadão nunca deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram”, informa o BC, acrescentando que nenhum pagamento deverá ser efetuado para que se tenha acesso aos valores.

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