ACUSAÇÃO

O que fez o presidente da Caixa? Pedro Guimarães é investigado pelo MP por assédio

Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco ao portal Metrópoles

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Estadão Conteúdo

Publicado em 28/06/2022 às 21:27 | Atualizado em 28/06/2022 às 22:31
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O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal contra o presidente da instituição, Pedro Guimarães. A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo Estadão.

Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles nesta terça-feira (28). Segundo um dos relatos, uma funcionária diz que o presidente do banco teria passado a mão em suas nádegas.

Procurado pelo Estadão, o Ministério Público Federal afirmou que não fornece informações sobre procedimentos sigilosos. A Caixa não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.

Em nota ao Metrópoles, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.

"A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de 'qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça'", informou, em nota ao site.

Denúncias de assédio contra Pedro Guimarães

De acordo com a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, no fim do ano passado, um grupo de funcionárias decidiu denunciar as situações pelas quais passaram. E os relatos foram colhidos pela reportagem há mais de um mês.

As vítimas trabalham ou trabalharam em equipes que servem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa. Cinco concordaram em dar entrevistas, desde que suas identidades fossem preservadas.

As denúncias de abusos foram relatadas pelas funcionárias em diferentes ocasiões, mas sempre em compromissos de trabalho.

“É comum ele pegar na cintura, pegar no pescoço. Já aconteceu comigo e com várias colegas”, disse uma das vítimas ao Metrópoles.

“Ele passou a mão em mim. Foi um absurdo. Ele apertou minha bunda. Literalmente isso”, relatou outra vítima.

De acordo com o Metrópoles, algumas das mulheres já prestaram depoimento a procuradores do MPF. Outras ainda serão convocadas.

 

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