A inflação no Grande Recife teve alta de 1,13% em junho, após dois meses seguidos de queda, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse foi o segundo maior índice entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. O Grande Recife ficou atrás apenas de Salvador.
A inflação mais que dobrou em comparação ao mês de maio, e ficou muito acima do resultado do País, que foi de 0,67%. A alta do IPCA nacional foi a maior para o mês de junho desde 2018.
A Região Metropolitana do Recife (RMR) teve inflação de 5,85% no acumulado do ano, acima da média nacional, de 5,49%. Dessa forma, o Grande Recife ficou em 7º lugar entre os locais pesquisados.
Nos últimos 12 meses, a RMR ficou na quinta posição, com 12,24%, também maior do que a média brasileira, de 11,89%.
Produtos e serviços
Entre os nove grupos de produtos e serviços divulgados pelo IPCA, oito tiveram alta em junho. Apenas Despesas pessoais não sofreu variação no período.
A alta da inflação no Grande Recife foi puxada pelo setor de Transportes (2,14%), influenciado principalmente pelo aumento de 13,77% no seguro voluntário de veículos e pelo reajuste de 5,78% nas passagens aéreas.
O setor de Transportes também é responsável pelas maiores variações tanto no acumulado do ano (9,04%) como no acumulado dos últimos 12 meses (22,15%).
O setor de Vestuário (1,85%) ficou em segundo lugar. As roupas tiveram aumento de 2,15% em junho; os calçados, um avanço de 1,24%.
O terceiro maior aumento foi no segmento de Saúde e cuidados pessoais, com 1,37%, por causa do reflexo do reajuste de 1,55% nos produtos farmacêuticos e do aumento nos planos de saúde a partir de maio.
Os preços também subiram nos grupos de Alimentação e bebidas (1,08%), Artigos de residência (0,93%), Habitação (0,67%), Comunicação (0,22%) e Educação (0,06%).
Produtos e serviços com maior aumento
O IPCA do Grande Recife mostrou ainda que os cinco produtos ou serviços com maior aumento foram: a alface (19,21%), o cheiro-verde (15,21%), o seguro voluntário de veículo (13,77%), a batata-doce (13,15%) e o feijão-carioca (rajado), 9,58%.
Um outro alimento que tem pressionado a inflação é o leite longa vida, que teve aumento de 5,99%. Reportagem deste JC revelou que o litro da bebida está mais caro do que o da gasolina, o que impacta especialmente as famílias de baixa renda.
Produtos e serviços com maior redução
Entre os produtos e serviços com maior percentual de queda no preço estão a cenoura, com redução de 29,37% (após forte alta no início do ano); a cebola (-12,80%), a batata-inglesa (-10,53%), a uva (-8,88%) e o feijão-macáçar (fradinho), -4,48%.
Outros destaques foram a queda de 3,53% na carne de porco, de 1,95% no transporte por aplicativo e 0,48% no gás de botijão.
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