Pernambuco define empresa e vai pagar R$ 2,04 milhões ao mês por energia solar
Empresa espanhola vai construir, operar e manter usina de geração de energia renovável fotovoltaica no período de 28 anos para prédios públicos do Estado
O leilão para definir a empresa que vai construir, operar e manter uma usina de geração de energia renovável fotovoltaica para atender prédios públicos do governo de Pernambuco, ao longo de 28 anos, sagrou como vencedora a empresa espanhola Enerfín do Brasil. O investimento na implantação da usina e equipamentos durante a vigência do contrato de concessão será de aproximadamente R$ 210 milhões, para gerar energia destinada a 52 unidades consumidoras do Grupo A (alta tensão) da administração pública.
Filial brasileira do grupo espanhol Elecnor, a Enerfín ofereceu a proposta mais vantajosa, com menor valor de contraprestação por parte do Estado no leilão. O valor ofertado pela empresa do grupo espanhol foi de R$ 2.041.943,00, um deságio de 12,11% em relação ao valor máximo definido em edital, de R$ 2,3 milhões mensais.
O processo de disputa pela PPP contou com quatro participantes: além da Enerfín do Brasil, Atiaia Energia S/A, Consórcio Capibaribe - formado pelas empresas Életron Energy e Kroma - e Consórcio Margarida, formado pela European Energy e Simm Soluções.
Usina e contratação
A usina deverá ser construída no município de Salgueiro, no Sertão, e tem a estimativa de gerar aproximadamente 300 empregos. O prazo para construção da usina é de 36 meses após assinatura do contrato. Dentre os órgãos a serem beneficiados com a energia solar, estão as sedes das secretarias estaduais e unidades da administração indireta, como Detran, Hemope e Agência de Tecnologia da Informação (ATI).
O modelo de contratação será uma concessão administrativa. Até o sétimo mês de assinatura do contrato, as unidades consumidoras serão migradas para o ambiente de contratação livre e receberão energia da concessionária, através de contrato de fornecimento no ACL.
“Somos o primeiro estado brasileiro que passa a destinar uma parte significativa de energia para a energia renovável fotovoltaica, que irá obter significativa redução do seu custo. Hoje, tivemos uma resposta muito positiva do mercado, com a participação de quatro grupos na disputa, que acreditaram no processo e em Pernambuco”, disse o secretário executivo de Parcerias e Estratégias da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Marcelo Bruto.