Após quatro anos, a M&T Expo, uma das principais feiras de negócios da indústria de equipamentos para construção e mineração, volta a ser realizada. A abertura do evento, que está na sua 11ª edição, aconteceu nesta terça-feira (30), no São Paulo Expo, na capital paulista, e será realizada até o próximo dia 2 de setembro.
Diante dos desafios enfrentados nos últimos dois anos, com as dificuldades impostas pela pandemia da covid-19, a expectativa dos empresários do setor é que a M&T Expo 2022 supere a última edição - que ocorreu em 2018 - e gere mais de R$ 2,7 bilhões em negócios.
"A nossa expectaiva é de vender um terço da venda anual aqui no Brasil em equipamentos. Essa é a tradição da M&T Expo, de fazer negócios", disse Afonso Mamede, presidente da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), que está otimista quanto à movimentação de negócios na feira. "É possível que a gente supere o faturamento da última M&T Expo e passar da ordem dos R$ 2,7 bilhões".
A Feira Internacional de Equipamentos para Construção e Mineração deste ano tem se destacado pela vasta oferta de produtos sustentáveis e que estão alinhados com a preservação do meio ambiente.
"Você começa a ver uma maior preocupação com a questão da pegada de carbono, com alguns dispositivos movidos a hidrogênio. Além disso, sem dúvida, é mais presente a preocupação de impacto ambiental dessas grandes obras. E a academia se faz presente na M&T Expo para conversar com essas empresas e trabalhar as tecnologias e os investimentos de infraestrutura", explicou o professor José Carlos de Souza, reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia.
Para o diretor-geral da Messe Müchen no Brasil, Rolf Pickert, desde a última M&T Expo, realizada em 2018, o setor de construção e mineração mudou bastante em termos de equipamentos. Oportunidade para que os empresários possam se atualizar durante a feira e fazer novos negócios.
"Tivemos muitas mudanças nos equipamentos atendendo as exigências ambientais, com motores que têm uma emissão de gases reduzida... Ambientalmente mais favoráveis. A gente vê hoje em dia uma eletrificação dos equipamentos acontecendo de uma forma muito forte, principalmente àqueles voltados para mineração. nxergamos um movimento interessante de operação remota de equipamentos. O operador não precisa mais estar nas máquinas para operá-las, podendo fazer à distância, num local seguro. Esses são os principais movimentos para a feira deste ano", destacou Rolf Pickert.
Até mesmo os grandes caminhões de mineradoras, que pesam cerca de 70 a 80 toneladas, já estão saindo de fábricas com motores sustentáveis. Uma mudança de paradigma no setor. "No passado não tão recente, as máquinas elétricas eram de pouca capacidade e pouca força. Hoje, com o avanço da tecnologia, isso está mudando. Tanto que muitos caminhões de mineradoras são elétricos. Cada vez mais as baterias estão menores, durando mais e usando um tempo menor de carga. Isso está ajudando a mudar a cabeça dos empresários, que estão percebendo que o equipamento elétrico pode ter a mesma força quanto um motor a combustão. Talvez por isso que a aceitação desses equipamentos estejam aumentando no mundo todo", revelou Renato Torres, diretor comercial da XCMG Brasil.
Durante a pandemia, muitos empresários acabaram se rendendo aos equipamentos tecnológicos para continuar tocando os negócios no setor de construção e mineração. "Sem dúvida que a pandemia da covid-19 potencializou essa busca por tecnologia. Muitas, por sinal, já estavam disponíveis, como por exemplo chegar numa obra, ligar a máquina e começar a executar o trabalho sem contato com outras pessoas. Tudo por sinal de rádio. Mas foi preciso surgir a necessidade para que passassem a utilizar", contou Franco Ramos diretor comercial da Trimble. Na nossa empresa, em eventos internos, já mostramos algumas máquinas autônomas que foram programadas para executar alguns serviços. Acredito que muito em breve teremos produtos comerciais de máquinas pesadas autônomas", garantiu.
ATUAÇÃO EM PERNAMBUCO
A CantuPneus, uma das principais importadoras e distribuidoras de pneus do País, também tem mostrado preocupação em tornar os seus produtos sustentáveis e aliados ao meio ambiente. "Temos uma preocupação muito grande com o meio ambiente... Por isso incentivamos a recapagem, trabalhamos em parceria com os recapadores para que eles tenham esse aproveitamento dos nossos produtos; e, futuramente, não façam o descarte de forma errada e irregular," disse Juliano Silva, diretor de vendas da CantuStores, que também tem atuação em Pernambuco.
"Fizemos um investimento grande, de 6.500 m², e montamos um centro de distribuição em Jaboatão dos Guararapes para atender todas as nossas filiais do Nordeste. Estamos chegando em locais que antes não chegávamos e, agora, estamos mais perto dos nossos clientes", finalizou.
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