A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade que representa as empresas transportadoras, afirmou, em nota, que acompanhas as paralisações em algumas rodovias do País e se disse contrária a esse tipo de intervenção. "A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas", disse a CNT.
A manifestação da CNT ocorre em meio aos bloqueios e interdições de rodovias federais registrados desde no País, após a derrota eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL). Manifestantes pedem a intervenção do Exército. Há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos, mas são majoritariamente organizados por "populares", segundo a PRF. Há pelo menos 236 pontos com ocorrências em rodovias pelo País.
A entidade afirmou que paralisações geram transtornos econômicos, dificuldades para locomoção de pessoas e ao transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis. "A CNT tem convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o País com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil", concluiu na nota.
Atualmente, cerca de 250 mil empresas compõem o setor de transportes no Brasil.
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística – NTC&Logística, entidade nacional que congrega as empresas de transporte rodoviário de cargas veio a público dizer que não apoia o movimento de caminhoneiros autônomos de paralisação e bloqueio de rodovias em diversos estados do País.
"Sendo entidade de representação empresarial manifesta-se veementemente contra movimento grevista, de natureza política, que fere o direito de ir e vir de todos os cidadãos, criando obstáculos à circulação de veículos que prestam serviços essenciais ao abastecimento da população, em especial de gêneros de primeira necessidade, como medicamentos e alimentos", disse em nota.
As empresas de transportes representadas pela NTC&Logística seguem exercendo sua atividade normalmente, "reivindicando das autoridades as ações que assegurem a livre circulação dos seus veículos, lembrando que tem plena condição de assegurar ao povo brasileiro o abastecimento dos pontos de produção e consumo em todo o território nacional".
"Espera-se que prevaleça o bom senso e o interesse maior de todo o povo brasileiro e de todos os agentes econômicos e produtivos, a imediata da normalidade das atividades econômicas, a livre circulação de pessoas e bens fundamental ao desenvolvimento do País".
ONDE HÁ PROTESTOS DE CAMINHONEIROS?
No início da noite desta segunda-feira (31), a Polícia Rodoviária Federal autalizou a lista dos estados com pontos de bloqueios e interdições em trechos de rodovias. O número aumentou frente o registrado no fim da tarde.
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