Com informações do Estadão Conteúdo
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,3% no trimestre móvel terminado em outubro, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou abaixo da mediana de 8,5% das expectativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 8,4% e 8,7%.
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,1%. No terceiro trimestre, encerrado em setembro, a taxa de desocupação estava em 8,7%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.754 no trimestre móvel encerrado em outubro. O resultado representa alta de 4,7% em relação a igual trimestre móvel de 2021.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 269,5 bilhões no período de agosto a outubro, alta de 11,5% ante igual período do ano passado.
DESEMPREGADOS
Ainda segundo o IBGE, o País tinha 9,022 milhões de desempregados no trimestre móvel terminado em outubro. O total de desocupados caiu 8,7% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior, com 860 mil pessoas a menos em busca de uma vaga.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a queda no desemprego foi puxada pela geração de postos de trabalho, com o aumento da população ocupada. Com isso, a taxa de desemprego de 8,3% foi a menor para os trimestres móveis encerrados em outubro desde 2014, quando foi de 6,7%.
"Desde a metade do ano passado, temos, realmente, o registro forte da queda da desocupação", afirmou Beringuy, destacando o "avanço importante no processo de vacinação" contra covid-19 como elemento principal para motivar a virada no sentido da queda.
A vacinação, segundo a pesquisadora, permitiu uma maior normalidade no funcionamento dos negócios, inclusive nos "serviços presenciais".
Além disso, lembrou Beringuy, o trimestre móvel até outubro é marcado por um aumento, sazonal, na geração de vagas. Esse movimento, tradicional no mercado de trabalho brasileiro, é puxado pelos empregos temporários com vistas a atender o aumento da demanda provocado pelas festas de fim de ano. "O que temos agora é a soma de um processo que já vinha em curso, adicionando o aspecto sazonal, que é a entrada de outubro", afirmou Beringuy
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