O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (1º), pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. De acordo com Copom, o ambiente externo segue marcado pela perspectiva de crescimento global abaixo do potencial e, em relação à atividade econômica brasileira, o conjunto dos indicadores mais recentes segue corroborando o cenário de desaceleração.
A conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária.
"O Comitê avalia que tal conjuntura eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas".
Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. por entender que a decisão "reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego".
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirma que as expectativas de inflação tanto para 2023 quanto para 2024 estão acima das metas, por isso considera compreensível a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
No entanto, a CNI espera que o Copom inicie em breve o processo de redução da Selic, com continuidade do movimento de desaceleração da inflação.
“Há mais de um ano que a Selic se encontra em patamar alto o suficiente para inibir a atividade econômica e contribuir para a desaceleração da inflação. E a manutenção da taxa de juros vai intensificar essa desaceleração. Por isso, esperamos que o Copom inicie logo o processo de redução da Selic, para evitar custos adicionais à atividade econômica”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Como ficam meus investimentos com a atual taxa de juros:
Com a Taxa Básica de Juros em 13,75% ao ano as aplicações em Renda Fixa, como os Fundos de Investimento, ganham mais atratividade e ganham da Poupança na maioria das situações.
Entretanto mesmo com esta redução da taxa básica de juros as Cadernetas de Poupança vão continuar interessantes frente aos fundos de renda fixa, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 2,50% ao ano.
Com a Selic atual a poupança perde para os Fundos cujas taxas de administração sejam inferiores a 2,50% ao ano., de acordo com a Anefac.
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