Lula mantém contato com Mauro Vieira, que representa Brasil no Brics, diz Padilha

Presidente da República iria para a Rússia participar do evento, mas cancelou a viagem por causa de um acidente doméstico sofrido no fim de semana

Publicado em 21/10/2024 às 21:06

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, têm mantido contato para coordenar a participação brasileira na cúpula dos Brics. Lula iria para a Rússia participar do evento, mas cancelou a viagem por causa de um acidente doméstico sofrido no fim de semana.

Segundo Padilha, Vieira repassará a Lula possíveis demandas de participação do presidente da República nas atividades do bloco. Pelo que disse o ministro, não há certeza sobre participações de Lula até o momento. No fim de semana, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou que o petista faria aparições por videoconferência.

O ministro das Relações Institucionais falou a jornalistas depois de reunião com Lula. Padilha mencionou que não deve haver sessões para votação no Congresso nesta semana. Reuniões do ministro com o presidente da República nas segundas-feiras para planejar o trabalho dos dias seguintes são comuns.

Ouro fecha em alta

O ouro futuro fechou em alta e renovou pelo terceiro dia consecutivo seu recorde de fechamento nesta segunda-feira. O metal precioso se valoriza em meio ao posicionamento de investidores conforme as eleições americanas se aproximam e também antes da cúpula do Brics - que deverá abordar a desdolarização da economia global.

O ouro para dezembro fechou em alta de 0,32%, a US$ 2.738,90 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O metal chegou a ser negociado a US$ 2.755,40 por onça-troy durante a sessão, nível recorde.

As nações do Brics se preparam para a reunião da cúpula que começa nesta terça-feira, com negociações sobre a desdolarização Cerca de 58% das moedas de reserva externa dos bancos centrais do bloco estão atualmente em ativos denominados em dólares, embora os bancos centrais tenham começado a aumentar suas reservas em outras moedas e commodities, sendo o ouro um dos principais beneficiários, dizem analistas.

Ao contrário do dólar, o ouro tem sido historicamente menos reativo às eleições nos EUA. Fatores macroeconômicos mais amplos como expectativas de inflação, taxas de juros e incerteza geopolítica tendem a impulsionar os preços do metal precioso, diz a Sucden Financial em análise. "No entanto, o ambiente pós-eleitoral de 2024 ainda pode apoiar o ouro, principalmente devido às expectativas de mais flexibilização monetária por parte do Federal Reserve", reflete a análise.

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