Natal de 2024 deve movimentar R$ 1,69 bilhão no comércio pernambucano

Hipermercados lideram vendas no Natal, seguidos por vestuário e calçados, aponta Fecomércio para a principal data do varejo estadual

Publicado em 18/12/2024 às 18:20
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O comércio pernambucano prevê um volume de vendas de R$ 1,69 bilhão para o Natal de 2024, conforme levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, com recorte local elaborado pela Fecomércio-PE. Embora significativo, o valor representa uma queda de 0,8% em relação ao mesmo período de 2023, influenciado por um cenário econômico de juros altos e aceleração da inflação.

Entre os segmentos analisados, hipermercados e supermercados lideram as vendas, com uma previsão de movimentação de R$ 717,52 milhões, seguidos por vestuário e calçados, que devem atingir R$ 552,54 milhões.

O segmento de utilidades domésticas e eletroeletrônicos aparece em terceiro lugar, com estimativa de R$ 191,08 milhões, enquanto farmácias e perfumarias devem movimentar R$ 132,50 milhões. Já móveis e eletrodomésticos e os demais segmentos têm previsões mais modestas, de R$ 52,94 milhões e R$ 43,64 milhões, respectivamente.

IMPACTO DO NATAL

 Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE, destacou que a data pode ser vista como a principal para o varejo pernambucano. “O desempenho projetado foi influenciado pela aceleração da inflação, principalmente no grupo de alimentos e bebidas. Ainda assim, o setor segue otimista para atender à demanda e manter a economia pernambucana aquecida”.

O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, analisou os números e apontou que o movimento linear nas vendas estimadas para o Natal de 2024 é consequência do contexto macroeconômico, incluindo restrições no consumo devido aos altos juros, à pressão sobre o orçamento das famílias, ao comprometimento da renda com outras dívidas e à aceleração da inflação nos setores de turismo, alimentos, bebidas e combustíveis.

"No entanto, segmentos como vestuário e calçados devem se destacar, justamente por serem itens de menor valor agregado que cabem no orçamento do consumidor”, diz ele. 

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