Golpes com Pix vão gerar prejuízo anual de R$ 11 bilhões para bancos e consumidores até 2028
Os criminosos que se utilizam de pagamentos em tempo real costumam empregar táticas de engenharia social, valendo-se de redes sociais e telefonemas

Golpes financeiros com o Pix vão gerar prejuízo anual de até R$ 11 bilhões (US$ 1,937 bilhão) para bancos e consumidores brasileiros nos próximos três anos. É o que aponta o relatório da ACI Worldwide em parceria com a GlobalData, divulgado na última terça-feira (21). O levantamento mostra que as fraudes com o Pix devem crescer 39% em relação aos R$ 2,2 bilhões registrados em 2023, o maior avanço entre os seis países avaliados — Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Austrália, Emirados Árabes Unidos e Brasil.
Os criminosos que se utilizam de pagamentos em tempo real costumam empregar táticas de engenharia social, valendo-se de redes sociais, telefone ou aplicativos de mensagem. O intuito dos criminosos é ganhar a confiança da vítima para que ela transfira dinheiro voluntariamente. Golpes relacionados a investimentos, com promessas enganosas de retorno financeiro, correspondem a 21%, enquanto pagamentos antecipados — em que o valor é transferido para garantir um serviço ou produto fraudulento — respondem por 17%.
COMO SE PROTEGER
Para evitar ser vítima não só desse tipo de crime, mas de outros golpes online, a principal dica é: desconfie sempre. “Não forneça informações pessoais em resposta a comunicações que solicitem dados financeiros ou pessoais de origem desconhecida, nem clique em links não verificados seja via mensagem ou e-mail, pois eles podem levar a sites fraudulentos ou instalar malware em seus dispositivos”, orienta Alberto Oliveira, CEO da TrueSec Security Experts.
Outra prática importante para a proteção é a autenticação em dois fatores, que pode ser habilitada em aplicativos de mensagens e plataformas financeiras. “A autenticação em dois fatores cria uma camada adicional de segurança, dificultando que golpistas acessem contas ou dados sigilosos, mesmo que obtenham a senha da vítima”, explica Oliveira.
ATUALIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS
Ele ainda reforça a necessidade de manter os dispositivos atualizados. “Muitas fraudes exploram vulnerabilidades em sistemas desatualizados, então, instalar atualizações e patches de segurança deve ser prioridade para todos.”
Por fim, o CEO da TrueSec lembra que a informação é a melhor defesa contra as fraudes digitais. “Conversar com amigos, familiares e colegas sobre os tipos mais comuns de golpes ajuda a criar uma rede de conscientização e proteção. Quanto mais pessoas entenderem os riscos, menores serão as chances de os criminosos terem sucesso.”