Automobilismo

Williams reduz salários de pilotos e coloca funcionários em desemprego parcial na Fórmula 1

A equipe britânica colocou em "lay-off" parcial parte de seus funcionários até o final de maio. Pilotos terão redução de salário de 20%

JC
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Publicado em 06/04/2020 às 16:26
Divulgação/Williams
Depois da McLaren e da Racing Point, a Williams também optou por reduzir custos diante da crise, enquanto a temporada de 2020 não começar - FOTO: Divulgação/Williams

Após a McLaren, a Williams e a Racing Point são outras equipes da Fótmula 1 que vão recorrer ao chamado 'desemprego parcial' entre seus funcionários e a salários mais baixos para seus dirigentes e pilotos para atenuar o impacto econômico causado pela pandemia do novo coronavírus, anunciou a equipe nesta segunda-feira.

"A ROKiT Williams Racing colocou em 'lay-off' parcial uma série de trabalhadores, em meio a uma série de medidas de redução de custos", afirmou a equipe britânica em um comunicado.

"Isso vai durar até o final de maio, enquanto a diretoria e nossos pilotos têm seus salários reduzidos em 20%, a partir de 1º de abril", acrescentou.

"Essas decisões não foram tomadas de maneira impensada, nosso objetivo é proteger os empregos de nossos funcionários e fazê-los voltar ao trabalho em tempo integral quando a situação permitir", explica a Williams.

A Racing Point, que tem o piloto mexicano Sergio Pérez e o canadense Lance Stroll (filho do milionário Lawrence Stroll), anunciou medidas semelhantes. A escuderia, inclusive vai receber um investimento bilionário da Aston Martin, capitaneado pelo Mister Stroll, na próxima temporada e assumindo a nova identidade.

"Posso confirmar que alguns membros da equipe estão parcialmente desempregados", disse um porta-voz da escuderia quando perguntado pela AFP. "Nossos pilotos também aceitaram uma redução em seus salários", disse ele.

Seguindo a McLaren

Na quinta-feira, a McLaren foi a primeira equipe da Fórmula 1 a fazer um anúncio semelhante. A equipe foi a primeira a sentir os efeitos do novo coronavírus ao se retirar do GP da Austrália depois que um mecânico testou positivo.

Também perguntada pela AFP, a Williams, assim como outras escuderias como Mercedes e Renault, indicaram que estavam estudando as medidas de austeridade a serem adotadas, mas que naquele momento não haviam tomado nenhuma decisão.

O governo britânico permite que as empresas deixem seus funcionários em desemprego parcial, garantindo 80% de seus salários até um limite de 2.500 libras por mês (cerca de 2.800 euros).

Os oito primeiros GPs da temporada de Fórmula 1 foram cancelados (Austrália e Mônaco) ou adiados sem uma nova data (Bahrein, China, Vietnã, Holanda, Espanha e Azerbaijão).

As equipes enfrentam um cenário em que terão de enfrentar, em 2020, uma grande queda nas receitas comerciais e de patrocínio.

A Fórmula 1 também decidiu adiar a mudança de regulamentação técnica, que foi planejada inicialmente para 2021 e passou para 2022. Alguns nomes influentes, como o chefe da Red Bull, Christian Horner, querem até que as novas regras, que os forçam a redesenhar os carros, sejam adiadas para 2023.

Enquanto isso, a indústria automotiva coloca seus conhecimentos a serviço do setor hospitalar para fabricar respiradores na luta contra a pandemia de coronavírus, uma iniciativa que levanta algumas dúvidas.

General Motors e Ford nos Estados Unidos, PSA e Renault na França, e também engenheiros do mundo da Fórmula 1, começaram a trabalhar diante

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