Inglaterra

Tottenham desistiu de pedir auxilio financeiro ao governo para pagar funcionários

Clube londrino recebeu muitas críticas dos torcedores por cogitar aderir ao programa de ajuda e decidiu que vai arcar com 100% dos salários dos funcionários que não são jogadores

JC
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Publicado em 13/04/2020 às 15:59 | Atualizado em 13/04/2020 às 16:14
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O Tottenham voltou atrás na decisão - FOTO: Foto: reprodução da internet

O Tottenham anunciou nesta segunda-feira (13) que não pedirá o auxílio financeiro ao governo britânico para pagar parte dos salários dos funcionários do clube, depois de ter recebido duras críticas por cogitar o uso da ajuda governamental.

"Decidimos que todo os funcionários que não são jogadores, em meio-período ou não, receberão 100% de seu salário mensal em abril e maio. Somente o Conselho de Administração sofrerá uma diminuição salarial", informou o Tottenham em comunicado. A redução dos salários dos dirigentes será de 20%.

"Diante da reação dos torcedores a este programa, já não está em nossas intenções usar o plano de proteção ao emprego diante do coronavírus (CJRS), que tem duração até final de maio", completou o clube londrino.

No fim de março, o Tottenham anunciou que cogitava usar o programa governamental para pagar parte dos salários de seus funcionários com dinheiro público, uma ajuda de até 2.800 libras por empregado.

Esta decisão do clube foi muito criticada, tanto por políticos como pelos torcedores, principalmente porque os jogadores seguem recebendo seus salários milionários com normalidade.

Lucro de 100 milhões de euros

No mesmo dia, o Tottenham anunciou um lucro bruto de 87,4 milhões de libras (quase 100 milhões de euros) em 2018-2019, após um ano excepcional de resultados dentro de campo, com o vice-campeonato da Liga dos Campeões.

Até o momento, clubes mais modestos como Newcastle, Bournemouth e Norwich recorreram ao plano de ajuda do governo britânico para pagar os salários de funcionários do clube. O Southampton se tornou o primeiro clube da Premier League a acertar a redução salários dos jogadores, mas não vai recorrer ao programa governamental. O clube se comprometeu em "continuar dando suporte à cidade de Southampton, através da Saint Foundation e dar toda a assistência que estiver que nos pudermos dar". Outro que seguiu por este mesmo caminho foi o Sheffield United, que está deixando parte de seus funcionários fixos e temporários tecnicamente desempregados devido à pandemia do novo coronavírus, mas todos eles continuarão a receber seus salários integrais durante esse período.

O Liverpool, atual campeão europeu e líder da Premier League, havia anunciado que faria uso do programa, mas também acabou desistindo da ideia por pressão popular.

Enquanto isso, a Associação de Jogadores Profissionais alertou que uma eventual redução dos salários dos jogadores significaria um prejuízo de até 200 milhões de libras para os cofres públicos.

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