A Premier League anunciou nesta terça-feira (19) que a primeira série de 748 testes de detecção do coronavírus realizados nos jogadores e membros das comissões técnicas identificou seis casos positivos em três clubes diferentes.
"Os jogadores e membros das comissões técnicas que deram positivo irão respeitar confinamentos de sete dias", explicou a organizadora do Campeonato Inglês, que não divulgou os nomes dos infectados nem dos clubes aos quais pertencem.
Estes resultados foram publicados um dia após os 20 clubes da Premier League votarem a favor de retomar os treinamentos em pequenos grupos, respeitando as regras de distanciamento social. O Campeonato Inglês, suspenso desde março devido ao coronavírus, espera evoluir no futuro próximo para treinos com contato físico, antes de voltar a disputar a competição a partir de meados de junho e concluir a temporada.
Em comparação, na Alemanha foram registrados 10 casos positivos, embora o número de testes tenha sido muito maior (1.724 jogadores e técnicos dos clubes da primeira e segunda divisão). O Reino Unido é o país europeu mais atingido pela pandemia do coronavírus. A volta aos treinos, até em pequenos grupos, vem encontrando resistência entre os jogadores.
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O atacante Troy Deeney, capitão do Watford inglês, anunciou nesta terça-feira que se recusava a voltar a treinar com seu clube por temer trazer o coronavírus para casa e infectar o filho recém-nascido.
"Meu filho de cinco meses tem dificuldades respiratórias. Não quero voltar para casa e colocá-lo em perigo", justificou o jogador. "Vamos ser controlados e estaremos em um ambiente muito seguro, mas uma só pessoa pode contaminar o grupo. Não quero trazer (o coronavírus) para casa", argumentou o jogador, que vê incoerências na proposta da Premier League.
"Eu não poderei ir ao cabeleireiro antes de meados de julho, mas posso me juntar com 19 pessoas na área para disputar uma bola? Não vejo como isso pode funcionar", criticou.
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