O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, reconheceu nesta quinta-feira que os Jogos de Tóquio terão de ser cancelados caso a pandemia do coronavírus não estiver controlada em 2021. Em função do surto da doença pelo mundo o evento foi adiado e está marcado para o dia 23 de junho do próximo ano.
A afirmação de Bach está em consonância com declaração recente de Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, de que o evento pode não ocorrer caso a virose não esteja contida. O país registra 784 mortes em função do coronavírus.
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Incertezas geradas pela pandemia
"Francamente, consigo entender isso, porque você não pode empregar para sempre 3.000 ou 5.000 pessoas em um comitê organizador. Você não pode mudar todo ano a programação esportiva mundial inteira de todas as principais federações. Você não pode ter os atletas sob incerteza", afirmou Bach, em entrevista à BBC.
Bach reforçou, porém, o discurso de que o COI está completamente comprometido em realizar a Olimpíada em 2021. O dirigente reconheceu, porém, que há muitas indefinições, incluindo a possibilidade de os atletas terem de permanecer em isolamento durante o período da Olimpíada.
"O que isso pode significar para a vida em uma Vila Olímpica? Todos esses cenários diferentes estão sendo considerados e é por isso que estou dizendo que é uma tarefa gigantesca, porque existem muitas opções diferentes que não são fáceis de abordar", apontou o presidente do COI.
A Olimpíada foi remarcada para o período entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Bach espera ter logo indicativos da situação sanitária no mundo nesse período para tomar decisões envolvendo a organização e realização do evento. "Quando tivermos uma visão clara de como o mundo será visto em 23 de julho de 2021, tomaremos as decisões apropriadas", concluiu.
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