Com o futebol no Brasil paralisado desde o início de março por conta da pandemia do novo coronavírus, a Federação Nacional de Atletas Profissionais do Futebol (Fenapaf) divulgou neste domingo uma campanha para que a categoria tenha acesso ao benefício mensal de R$ 600 que o governo disponibiliza durante esse período de crise.
O problema para os jogadores de futebol é que o presidente Jair Bolsonaro incluiu na lista de vetos ao auxílio emergencial, no mês passado, atletas e profissionais ligados ao esporte.
O vídeo que dura cerca de um minuto mescla jogadores de clubes de ponta - como o volante Felipe Melo, do Palmeiras, o meia Diego, do Flamengo, o zagueiro Digão, do Fluminense, e o goleiro Everson, do Santos - e atletas que defendem equipes de menor projeção no país.
Além de recordar que há 24 mil atletas em atividade no Brasil, no vídeo é dito que os grandes salários e os contratos para uma temporada são restritos a uma minoria da categoria.
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Contraste financeiro
Diego, capitão do Flamengo, é um dos que apontam o contraste financeiro durante o vídeo. "Você pensa em atletas como eu, conhecidos, somos 4% da categoria", disse. Em seguida, Mario Cesar, que atua no Real Ariquemes, de Rondônia, detalha: "Mas não pensa em mim porque não me conhece".
Outros jogadores como Magnum, do Amazonas, detalham que atletas ganham em média "menos que três salários mínimos por mês". Alex Dida, goleiro do Atlético Acreano, ressalta. "Este auxílio para mim não é privilégio, é sobrevivência", afirmou.
Após os jogadores de clubes de ponta falarem "não é para mim", o vídeo corta para atletas que atuam em equipes modestas, que completam com a frase: "É para nós".
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