Automobilismo

Casa de pilotos brasileiros, Williams perde patrocinador e pode ser vendida

Caso não consiga captar novos investimentos, a equipe inglesa pode vender parte das ações ou todo o grupo

Da Redação com agências
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Publicado em 29/05/2020 às 9:49 | Atualizado em 29/05/2020 às 9:58
Foto: Josep Lago/AFP
Com a aposentadoria de Felipe Massa, o Brasil, detentos de oito títulos na Fórmula 1, não terá sequer um competidor em 2018 - FOTO: Foto: Josep Lago/AFP



A Williams, uma das principais escuderias da Fórmula 1, informou nesta sexta-feira, em um relatório com seus resultados anuais, o rompimento de contrato com o seu principal patrocinador, a empresa chinesa Rokit, e admitiu que pode ser vendida no futuro. A escuderia britância teve entre seus pilotos os brasileiros Nelson Pique (campeão 1987), Ayrton Senna, Rubens Barrichello, Bruno Senna e Felipe Massa.

"As opções, que não estão limitadas, mas que têm sido consideradas, incluem a captação de novo investimento, a alienação de uma parte minoritária das ações do WGPH (Grupo Williams) ou a alienação de parte majoritária das ações, que incluem a possível venda de toda a companhia", afirmou a equipe inglesa.

Prejuízo e futuro

Apesar de não existirem decisões neste momento, a Williams indica que avança já com um processo formal de venda, para facilitar a discussão com eventuais partes interessadas, e que também tem tido conversas preliminares com possíveis investidores. O conselho do WGPH acredita que a revisão estratégica e o processo formal de venda são a coisa certa e prudente a fazer, no sentido de dar à equipe de Fórmula 1 "o melhor futuro possível".

O último ano foi difícil para a escuderia, com uma perda operacional de 12 milhões de euros (R$ 71,5 milhões), em contraponto com um lucro de 17,74 milhões de euros (R$ 105,7 milhões) no exercício da atividade. "Os resultados de 2019 refletem o declínio recente da nossa competitividade na Fórmula 1, que se refletiu nas receitas provenientes dos direitos comerciais", explicou Mike O’Driscoll, presidente do conselho de administração do grupo.

Piores resultados

Nas duas últimas temporadas na Fórmula 1, a Williams não foi além de dois 10.º lugares (2018 e 2019), os piores resultados da sua história, primeiro com o canadense Lance Stroll e o russo Sergey Sirotkin e depois com o polonês Robert Kubica e o britânico George Russell.

Nesta temporada de 2020, que ainda não foi iniciada devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a escuderia conta novamente com Russell e agora com o canadense Nicholas Latifi.

"A temporada de 2020 da Fórmula 1 está, obviamente, atrapalhada pela pandemia da covid-19, o que terá um impacto nas nossas receitas comerciais deste ano", sublinhou O’Driscoll, que colocou grande parte dos seus funcionários em "lay-off", recebendo parte do salário, em um teto máximo definido, através do governo britânico.

Na história, a Williams é a segunda escuderia com mais títulos mundiais, em um total de nove (1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997), atrás da Ferrari, que soma 16 de campeã mundial de construtores.

 

Pilotos campeões


Alan Jones ( Austrália) - 1980
Keke Rosberg (Finlândia ) 1982
Nelson Piquet (Brasil) - 1987
Nigel Mansell (Reino Unido) - 1992
França Alain Prost (França) - 1993
Reino Unido Damon Hill (Reino Unido) - 1996
Jacques Villeneuve (Canadá) - 1997


 

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