TÓQUIO 2020

É ouro! Martine Grael e Kahena Kunze são bicampeãs olímpicas na vela

Ouro na vela é a terceira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020

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Túlio Feitosa, Túlio Feitosa

Publicado em 03/08/2021 às 1:10 | Atualizado em 04/08/2021 às 11:13
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Com Estadão Conteúdo

Para entrar para a história! A dupla brasileira Martine Grael e Kahena Kunze conquistou a medalha de ouro na classe 49erFX. Repetindo o feito da Olimpíada do Rio-2016, as brasileiras voltaram a alcançar o topo do pódio nos Jogos de Tóquio-2020.

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A dupla chegou como favorita ao ouro, liderando a classe e não precisavam vencer a regata da medalha desta terça-feira (3), mas teriam que estar na frente das duplas da Holanda (que chegou em 9º), Alemanha (5º), Espanha (6º) e Grã-Bretanha (7º). As brasileiras cruzaram a linha de chegada na terceira colocação. A dupla argentina cruzou em primeiro.

"Ainda não caiu a ficha. Foi uma semana muito difícil, um campeonato de recuperação. Pensamos que seria duro, mas não desistimos", salientaram as bicampeãs olímpicas, em entrevista à TV Globo.

A campanha da dupla brasileira nos Jogos de Tóquio foi de superação na raia de Enoshima. Na primeira regata, elas ficaram apenas na 15ª posição, a pior colocação que tiveram no Japão. Mas depois foram melhorando e se acostumando com a imprevisibilidade da baía, que oscila com ventos fortes e fracos e ainda sempre existe a possibilidade de chegada de tufão.

Em desvantagem na disputa, Martine e Kahena se recuperaram e no sábado de madrugada, nas duas últimas disputas antes da medal race, ficaram com um segundo lugar e um décimo lugar e empataram na liderança, já que as holandesas tiveram uma 11ª posição e uma 16ª, que acabou sendo o descarte delas.

No dia marcado para a medal race, na segunda-feira, as condições meteorológicas obrigaram os organizadores a cancelar as regatas do dia. Por causa da falta de ventos, a decisão da classe 49er FX foi adiada em um dia. "É normal isso acontecer. Nos Jogos do Rio isso ocorreu também. A gente dependo do vento para velejar", explicou Torben Grael, chefe da equipe de vela do Brasil.

Esta foi a 19º medalha da vela brasileira na história dos Jogos Olímpicos e a única conquistada pela modalidade até o momento em Tóquio. O esporte é o segundo que mais rendeu medalhas ao País em olimpíadas, atrás somente do judô, com 24.

Também é o nono pódio da família Grael, que tem em Torben, pai de Martine, o principal expoente. Ele disputou seis edições da Olimpíada e ganhou duas de ouro (Atlanta-1996 e Atenas-2004), uma de prata (Los Angeles-1984) e duas de bronze (Seul-1988 e Sydney-2000).

Já Lars Grael, tio da atleta, competiu em quatro Olimpíadas e tem duas medalhas de bronze no currículo (Seul-1988 e Atlanta-1996).

Outro integrante da família é Marco Grael, irmão de Martine e que está competindo em Tóquio na classe 49er, mas acabou na 16ª posição geral e não se classificou para a medal race.

Foi a 12ª medalha do Brasil em Tóquio e a terceira de ouro. Antes, o surfista Italo Ferreira e a ginasta Rebeca Andrade já haviam subido ao lugar mais alto do pódio no Japão.

 

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