Guerra Rússia x Ucrânia: Polônia se nega a jogar partida de futebol contra a Rússia, pelas eliminatórias para Copa do Mundo do Catar
Presidente da Federação Polonesa, Cezary Kulesza afirmou que "esta é a única decisão correta e que está em comunicação com as federações de futebol da Suécia e da República Checa para apresentar uma posição comum à Fifa"
A Polônia "não pretende jogar a partida de classificação" para a Copa do Mundo contra a Rússia, marcada para 24 de março em Moscou - anunciou o presidente da Federação Polonesa, Cezary Kulesza, neste sábado (26), no Twitter.
"Chega de falar, é hora de agir. Devido à escalada de agressão de (...) Rússia na Ucrânia, a seleção polonesa não pretende jogar a partida de classificação contra a equipe russa", disse Kulesza, acrescentando que "esta é a única decisão correta e que está em comunicação com as federações de futebol da Suécia e da República Checa para apresentar uma posição comum à Fifa".
Suécia e República Checa também podem ter de viajar para Moscou em 29 de março, para a final da repescagem, se a Rússia se classificar no dia 24 na partida contra a Polônia.
Na sexta-feira, o mundo do esporte impôs várias sanções contra a Rússia, após a invasão da Ucrânia. Entre elas, estão o cancelamento de São Petersburgo como sede da final da Liga dos Campeões de futebol e o do Grande Prêmio de F1 que seria realizado em Sochi, em setembro.
Em uma mensagem publicada na sexta-feira no Twitter, o capitão da seleção polonesa, Robert Lewandowski, pediu "solidariedade para com as vítimas" do ataque russo.
"Tudo o que é bonito no esporte é o oposto do que a guerra traz. Para todas as pessoas que amam a liberdade e a paz, é hora da solidariedade para com as vítimas da agressão militar na Ucrânia", tuitou Lewandowski, antes de anunciar que conversaria com seus companheiros de equipe para chegar a uma posição comum sobre o assunto e apresentá-la à Federação Polonesa.
Na quinta-feira, as federações de Polônia, Suécia e República Checa solicitaram, em conjunto, a mudança da sede das partidas de repescagem da Copa do Mundo de março programadas para acontecerem na Rússia.
Até o momento, a Fifa não tomou medidas contra a Rússia e, na quinta-feira, limitou-se a manifestar sua "preocupação" com uma situação "trágica e perturbadora", segundo seu presidente, Gianni Infantino.