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NÁUTICO: Cinco técnicos, renúncia de diretores e recordes negativos; relembre o ano caótico do NÁUTICO

Haim Ferreira
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Haim Ferreira
Publicado em 18/10/2022 às 20:57
CHARLES JOHNSON/JC IMAGEM
Jean Carlos e Rhaldney, meio-campistas do Náutico - FOTO: CHARLES JOHNSON/JC IMAGEM
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O Náutico está "moralmente" rebaixado para a Série C do Brasileirão. Restando três rodadas para o fim do campeonato, eles precisariam vencer todos os seus jogos e torcer para que todos os adversários diretos sequer somassem um ponto.

Nem o mais pessimista dos alvirrubros imaginariam um desfecho semelhante no final desta temporada. Após bater na trave da Série A no ano passado, quando chegou a liderar a Série B e conseguir o recorde de invencibilidade da segundona (foram 14 jogos), as expectativas eram grandes para 2022.

Ao todo, o clube agora acumula seis rebaixamentos em sua história, tendo sofrido esta amargura em todas as últimas quatro décadas.

Esta será a terceira vez que o Timbu jogará a terceira divisão, a segunda em apenas cinco anos. A outra queda recente aconteceu em 2017 e a mais antiga em 1998.

Como só poderá voltar para a Série A em 2025, o Náutico viverá o maior jejum da sua histórias sem participar da elite nacional: 10 anos. A última vez que disputaram a primeira divisão, foi em 2013.

CAMPANHA VEXATÓRIA:

O Náutico conquistou o bicampeonato pernambucano, mas não convenceu. O Timbu derrotou apenas nos pênaltis o jovem time do Retrô, que chegava à sua primeira decisão.

Eliminado na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto Tocantinópolis, o Timbu foi longe na Copa do Nordeste e chegou à semifinal. Acabou caindo para o poderoso Fortaleza, que viria a ser o campeão.

Nesta Série B, foram 24 rodadas na zona de rebaixamento, em 34 partidas disputadas. Só na lanterna, foram 12 vezes, uma sequência amarga.

CINCO TREINADORES:

Desde que o presidente Diógenes Braga assumiu o Náutico, no começo do ano, nenhum treinador chegou a mais de três meses no cargo. Ao todo, foram cinco técnicos: Hélio dos Anjos, Felipe Conceição, Roberto Fernandes, Elano e agora Dado Cavalcanti.

Hélio vinha de uma boa campanha no ano passado, mas não conseguiu repetir o bom trabalho no Pernambucano e pediu para sair. Ele esteve envolvido em cobranças e tentativas de agressão de torcedores nos Aflitos e por isso criticou publicamente a diretoria.

Felipe Conceição chegou, mas só passou dois meses, sob muitas críticas. A solução foi um velho conhecido: Roberto Fernandes. Com discursos fortes, mas resultados inexpressíveis, caiu, para a chegada de Elano. Sem dúvidas, um dos treinadores com maior rejeição a deixar o Náutico em toda sua história.

Por fim, Dado Cavalcanti assumiu o time na missão de tentar o milagre da permanência e, mesmo não conseguindo, vem tendo seus méritos reconhecidos pela tentativa. 

RENÚNCIA DE DIRETORES:

Após o rebaixamento irreversível para a Série C, toda a Diretoria de Futebol do Náutico renunciou aos seus cargos. 

Saíram do clube o vice-presidente de futebol José Barbosa e os diretores Eduardo Belo, Roberto Selva e Gilberto Correia. 

Apesar das críticas e pedidos da torcida, ele permanecerá no comando do cargo executivo do Timbu. Ele assumiu a função no início deste ano.

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