Do Estadão Conteúdo
Desfalque do Brasil nos últimos dois jogos da Copa do Mundo, em razão de uma lesão muscular no quadril, o lateral-esquerdo Alex Sandro voltou a treinar com bola nesta quarta-feira e pode reforçar a seleção no jogo contra a Croácia, pelas quartas de final, na sexta. O retorno ainda não é certo porque, embora tenha participado de atividades com o grupo, o defensor continua fazendo trabalhos específicos à parte.
Alex Sandro se lesionou durante a vitória por 1 a 0 sobre a Suíça, há pouco mais de uma semana, na segunda rodada da fase de grupos. Existia a expectativa de que o jogador não demorasse muito para se recuperar, mas ele teve que ficar de fora das últimas duas partidas, contra Camarões, ainda na primeira fase, e Coreia do Sul, nas oitavas de final.
E se ALEX SANDRO não puder jogar?
Caso o lateral-esquerdo seja liberado para jogar na sexta-feira, Tite verá chegar ao fim a série de problemas físicos que o atrapalhou nos últimos dias. Ele não conseguiu repetir a escalação da linha defensiva em nenhum jogo até agora, pois, antes da lesão de Alex Sandro, o lateral-direito titular Danilo também se lesionou. Recuperado, Danilo voltou contra a Coreia, mas foi escalado na esquerda, e Militão jogou na direita.
O duelo com os coreanos também marcou o retorno de Neymar, por isso não há mais nenhum jogador lesionado no grupo que continua no Catar. Alex Telles e Gabriel Jesus, que tiveram lesões mais sérias, já deixaram o país árabe e estão se tratando com o auxílio de seus clubes.
Telles se apresentou ao Sevilla e já começou a tratar a lesão que sofreu no joelho direito. Jesus, por sua vez, também lesionou o joelho direito, mas seu caso foi mais grave, tanto que passou por uma cirurgia na terça-feira. Recebeu alta nesta quarta e deve iniciar, nos próximos dias, o processo de recuperação nas dependências do Arsenal.
Vai ter mais dancinha de Vini Jr. na COPA DO MUNDO DO QATAR
Um dos principais protagonistas da seleção brasileira nesta Copa do Mundo, Vinícius Junior afirmou que o Brasil ainda vai "bailar" muito no Catar. O atacante disse o estoque de danças é grande. Ele contou que existem outras dancinhas engatilhas e rebateu os críticos, como o ex-jogador irlandês Roy Keane, que considera um desrespeito esse tipo de comemoração.
"O gol é o momento mais importante do futebol, não só nós ficamos muito felizes, como agora na Copa, um país inteiro torce por nós. Temos muitas comemorações para fazer ainda", prometeu Vini Jr., em entrevista coletiva, nesta quarta-feira, no Grand Hamad Stadium, em Doha.
Uma das expressões culturais do Brasil, a dança não será abolida na seleção brasileira. A ideia é repetir o que foi feito após os quatro gols na vitória sobre a Coreia do Sul. Na ocasião, até mesmo Tite entrou na roda e participou de um dos festejos, a "dança do Pombo", comemoração tradicional de Richarlison.
"Que a gente siga fazendo muitos bailes e jogando bem para chegar até a final nesse ritmo", disse o astro do Real Madrid. "A galera gosta de reclamar quando vê o outro feliz, e o brasileiro é sempre muito feliz. Que a gente possa seguir com a nossa alegria, porque tem muito mais gente por nós do que contra nós".
O atacante assumiu o protagonismo quando Neymar estava ausente e continuou sua jornada de brilho quando o camisa 10 retornou para a partida contra a Coreia do Sul. Vini Jr. é o atleta com mais participação em gols do Brasil no Mundial.
Ele marcou um e participou de seis dos sete gols que a equipe marcou no Catar. Saíram de seus pés a assistência de trivela para Richarlison ir às redes contra a Sérvia e o cruzamento para Paquetá selar o baile diante dos sul-coreanos que garantiu o time nas quartas de final.
O atacante do Real tem o apoio de Neymar para continuar a jornada de brilho. Ele revelou uma conversa que teve com o ídolo que virou amigo e explicou como ele lhe ajuda em campo e fora dele. "Ele me falou que a Copa do Mundo é diferente de qualquer outra competição. Agora estou vivendo, sei quanto a Copa é importante para o nosso país, para todos. Ele me falou isso e sempre levei comigo, não sabia o tamanho, mas quando tocou o hino vi a diferença que é jogar uma Copa pelo seu país", contou
"Eu fico feliz de estar aqui representando cada brasileiro, estar jogando com meu ídolo, com amigos que tenho aqui, e que essa união que temos possa nos levar para um lugar muito alto", completou.
VINI JR. é experiente em jogos de peso apesar da idade
Vini Jr. é novo. Mas, aos 22 anos, já experimentou ganhar a maior competição de clubes da Europa graças a um gol seu e ostenta uma extensa galeria de troféus em Madrid. Mas ainda falta a mais cobiçada das taças para ele erguer, o que faria riscar em seu caderno as metas que traçou quando se tornou profissional no Flamengo.
"Fico muito feliz de ter alcançado as metas que coloquei na minha vida com apenas 22 anos. Tenho os melhores jogadores ao meu lado, na seleção e no Real. Se Deus quiser, até dia 18 colocamos mais um na lista, e depois vou tentar ganhar tudo outra vez".
Apenas Carlo Ancelotti foi mais vezes citado que Neymar na entrevista de Vini Jr. O atacante de 22 anos explicou como o treinador italiano foi importante em seu desenvolvimento. O atleta chegou aos Real Madrid aos 18 anos e sentiu dificuldade para se adaptar assim que chegou na Espanha.
Acostumado a trabalhar com craques do quilate de Ronaldo Fenômeno e Zinedine Zidane, Ancelotti conseguiu potencializar o futebol de Vini Jr. "Sempre me deu a confiança que preciso, os esporros que preciso também no momento certo. É como um pai pra mim, dá o carinho e a responsabilidade", descreveu sobre o seu comandante no Real Madrid. "Faz isso comigo e com todos os jovens. O Ronaldo sempre fala que foi o melhor treinador dele, pela parte tática, técnica e também por saber lidar com grandes jogadores".
Ele vê semelhanças entre Ancelotti e Tite no "lado humano". "Eles têm a consciência do que é o melhor para o jogador. De entregar tudo muito fácil para quando chegar em campo ter muitas opções, saber o caminho do gol. Não só o improviso".
Vini Jr. foi um dos atletas que Ronaldo convidou para comer o controverso bife folhado a ouro estimado em R$ 9 mil no restaurante Nusr-Et, do famoso chef turco Salt Bae, em Doha. Ele rechaçou as críticas que recebeu pela presença no restaurante.
"Acredito que na folga posso fazer o que bem entender. Quando estou de folga tento me distrair ao máximo e fazer o que acho que é melhor pra mim. Não acredito que devam falar sobre o que a gente tem que fazer fora de campo, sim cobrar o que fazemos dentro de campo".
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