Depois de a 5ª Vara do Trabalho do Recife intimar o Náutico a leiloar o prédio utilizado como garagem pelo departamento de remo, como foi antecipado pela reportagem do Jornal do Commercio ontem, o departamento jurídico do clube recebeu nesta quarta-feira (20) a notificação expedida pela Justiça. O local, avaliado em mais de R$ 3 milhões, pode ser leiloado para o pagamento de dívidas trabalhistas avaliadas em R$ 517.829,86 com o técnico Givanildo Oliveira, que comandou o time na temporada de 2016.
"De fato o clube recebeu hoje a notificação expedida pela 5ª Vara do Trabalho nos altos da reclamação trabalhista que foi promovida por Givanildo Oliveira. Nessa notificação, foi dada ciência ao clube que a garagem do remo está indo ao leilão no dia 20 de julho em primeira praça e caso não haja arrematante no dia 11 de agosto em segunda praça", declarou o vice-presidente jurídico Bruno Becker, em entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal.
- Náutico apresenta balanço financeiro detalhado ao Conselho Deliberativo em junho
- Redução salarial do elenco pode durar mais do que o previsto pelo Náutico
- Justiça intima Náutico sobre leilão de imóvel para execução de mais de R$ 500 mil a Givanildo Oliveira
- Novos uniformes do Náutico apenas no segundo semestre
Agora, depois do clube receber a notificação, Bruno Becker informou que o departamento jurídico do Náutico vai entrar em ação com um recurso para tentar evitar o leilão do prédio utilizado como garagem do remo, localizado na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro. "O clube já está agindo. Nós estamos analisando aqui o processo e vamos entrar com um recurso para tentar suspender esse leilão", explicou o vice-presidente jurídico do clube.
O CASO
Responsável por comandar o Náutico durante a etapa final da Série B de 2016, o técnico Givanildo Oliveira acionou o clube na Justiça do Trabalho no ano seguinte cobrando salários atrasados. Em junho de 2017, durante audiência, as duas partes não entraram em acordo e o valor da causa aumentou por conta das multas. Hoje com dívida avaliada em mais de R$ 517 mil, o departamento jurídico do Timbu tem mais um problema para resolver em meio à pandemia do novo coronavírus e a paralisação do futebol.
O prédio de número 1193, na Rua da Aurora, foi avaliado em R$ 3.288.000,00. O local é composto dois pavimentos, tendo no térreo: duas salas, saleta, três quartos, cozinha, corredor, serviço sanitário; e, no pavimento superior: duas salas, quatro quartos e outras dependências e servidões. Caso o clube não entre em acordo e consiga suspender a perda do patrimônio, a garagem de remo será leiloada com um lance mínimo estipulado em 60% do valor do bem na primeira praça e 40% na segunda.
Comentários