Desafios

Sem resposta sobre auxílio da CBF, Náutico enfrenta desafios para se manter em dia

"É muita coisa ao mesmo tempo para administrar e ainda com essa pandemia", declarou o presidente Edno Melo

Fernando Castro
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Fernando Castro
Publicado em 22/05/2020 às 7:36
Leo Lemos/Divulgação
Edno Melo (E) e Diógenes Braga (D) terão bate-chapa pela frente - FOTO: Leo Lemos/Divulgação

Em meio à pandemia do novo coronavírus e a paralisação do futebol, o Náutico enfrenta uma série de desafios para manter as contas em dia. Trabalhando para encontrar alternativas financeiras para o período sem futebol, a diretoria alvirrubra segue aguardando uma resposta da CBF em relação ao aporte de R$ 60 milhões solicitado pelos clubes da Série B. De acordo com o documento enviado à entidade, o recurso seria retirado do "Legado da Copa" e dividido de forma igualitária entre os times.

“Não deram sequer um retorno da proposta e eu posso garantir que tudo que tem no conteúdo da carta a CBF pode cumprir, tudo dentro dos limites e a CBF tem dinheiro para fazer. Os clubes da Série B são bem mais organizados nesse sentido, existe uma unidade, não tem um puxando para um lado como existe na Série A, os clubes da Série B estão em um bloco só e o pensamento não é explorar esse momento, pelo contrário, é garantir a sobrevivência", explicou o presidente Edno Melo, em entrevista à Rádio Jornal.

Sem perspectiva sobre o auxílio financeiro da CBF, o presidente do Náutico informou que pagou apenas a metade do valor de imagem dos atletas, que venceu no último dia 20. O clube pretende quitar o débito até o final do mês, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas. "A gente pagou 50% da imagem dos jogadores, por muito sacrifício tivemos redução na cota da CBF da Série B, tivemos bloqueio, é muita coisa ao mesmo tempo para administrar, ainda com essa pandemia, falta de renda e de receita", lamentou Edno.

RECEITAS

Ainda com toda indefinição em relação ao retorno dos campeonatos no país, o Náutico tem as mensalidades pagas pelo sócio como a principal receita neste período de pandemia. De acordo com Edno Melo, a cota de televisionamento da Série B, que sofreu redução em 30% nos meses de abril, maio e junho, está bloqueada na Justiça de Trabalho.

"Hoje a gente tem única e exclusivamente a contribuição do associado, porque as receitas da Série B ainda estão bloqueadas. A 12ª Vara do Trabalho e a Justiça do Trabalho estão e recesso, então hoje a única receita que o Náutico tem é a mensalidade do associado, por isso o apelo para que eles não deixem de pagar", destacou o presidente alvirrubro.

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