QUESTIONAMENTO

Santa Cruz questiona protocolo da FPF que prevê fase final do Pernambucano apenas na Arena de Pernambuco

Constantino Júnior defende que o mando de campo dos clubes também seja mantido no mata-mata, já que a última rodada do Estadual será desta forma

Lucas Holanda
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Lucas Holanda
Publicado em 29/06/2020 às 13:58 | Atualizado em 29/06/2020 às 13:58
DAVI SABOYA/ JC
Constantino Júnior, presidente do Santa Cruz, está esperançoso de conseguir liminar para jogar no Arruda contra o Náutico - FOTO: DAVI SABOYA/ JC

Na última sexta-feira, a Federação Pernambucana de Futebol publicou um protocolo para a retomada do Campeonato Pernambucano após a paralisação em março por conta da pandemia do novo coronavírus. Além de projetar o dia 5 como data de retorno do Estadual, a FPF também restringiu jogos em estádios 'onde possa haver aglomerações em seu entorno' e 'aglomerações em construções/prédios vizinhos com vista privilegiada para o local da partida', além de comércio ambulante nas sedes ou nas vias de acesso. Com essa restrição, praticamente apenas a Arena de Pernambuco tem como atender a todos os critérios utilizados.

No entanto, essas medidas da FPF valem apenas para o mata-mata do Campeonato Pernambucano. Ou seja, na última rodada, que será a primeira neste retorno, os jogos estão mantidos nos estádios de origem, com jogo em Salgueiro, por exemplo. Em entrevista à Rádio Jornal, o Presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, discordou desta decisão da entidade e disse que é possível fazer a reta final do Estadual mantendo os mandos e com segurança.

"Como pode fazer a 8ª rodada nos estádios de origem, com jogos em Salgueiro, na Ilha do Retiro e justamente na fase final você coloca no estádio único? Claro que o Santa Cruz quer seguir e atender os protocolos de saúde, mas é totalmente possível atender essas recomendações no Arruda. Até porque quando a Série C começar, o Santa Cruz vai usar o seu mando de campo. Então a gente entende que os jogos podem ser feitos no Arruda. O Santa Cruz se credenciou tecnicamente para disputar jogos sob o seu mando e tem condições de atender as recomendações da federação e das autoridades de saúde. Claro que a gente tem discutido e debatido isso com a federação, mas a gente entende que é possível que se faça essa reta final atendendo aos mandos conforme foi combinado desde o início do campeonato", comentou Constantino Júnior.

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RESPOSTA DA FPF

Também em entrevista à Rádio Jornal, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, disse que essa medida da FPF que autoriza a realização dos jogos da última rodada mantendo os mandos é uma exceção e que não pode ser tratada como regra."A situação atual do mundo impõe sacrifícios. Por exemplo, tenho a rodada de encerramento da primeira fase do Estadual que não há como não fazer em cada local. Tem que fazer, ainda que as restrições médicas sejam inúmeras e que as orientações médicas sejam contrárias, nós temos que abrir uma exceção. Por isso que é uma exceção e não é regra, é uma excepcionalidade", disse o presidente da FPF, que completa comentando sobre essa decisão que restringe os estádios do Trio de Ferro no mata-mata.

"A FPF seguiu o regramento com base nas autoridades de saúde da união, estaduais, municipais e estaduais, além da OMS. Existem regras básicas na não aglomeração. O Rio de Janeiro, por exemplo, cometeu o equívoco de realizar o jogo do Flamengo com muita gente ao redor do estádio, o que gerou problemas com o Ministério Público, Conselho Regional de Medicina no Rio de Janeiro e uma série de fatores. Então Pernambuco não pode errar. Portanto estamos seguindo o regramento que estabelecemos com as autoridades públicas", finalizou Evandro Carvalho.

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