Retorno

Presidente do Santa Cruz diz que futebol tem que voltar conscientizando e dando exemplo para a população

Em entrevista à Rádio Jornal, o presidente Constantino Júnior valorizou a importância do futebol retornar de forma exemplar

Lucas Holanda
Cadastrado por
Lucas Holanda
Publicado em 02/06/2020 às 12:44 | Atualizado em 02/06/2020 às 14:15
LÉO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM
DE SAÍDA Após três anos no cargo, Constantino Júnior vai deixar a presidência do Santa Cruz - FOTO: LÉO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM

Por conta da pandemia do novo coronavírus, o futebol está paralisado há mais de dois meses. No entanto, após a divulgação do plano para a retomada da economia aqui em Pernambuco, está previsto que os clubes se reapresentem no dia 15 de junho para a retomada dos treinos. O retorno será com um rigoroso protocolo feito pela Federação Pernambucana de Futebol em parceria com os órgãos de saúde do Estado, CBF e também com os clubes.

Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, comentou sobre essa volta marcada para o dia 15. O mandatário coral também destacou que o futebol precisa voltar dando exemplo e conscientizando a todos, respeitando os protocolos de segurança e de saúde.

"Esse protocolo vem sendo criado baseado em clubes, mas claro que adequando a nossa realidade. A gente não pode comparar com o poder de investimento das ligas europeias, mas pode servir como um parâmetro. Mas sempre adequando a nossa realidade. Um lado positivo é essa interação entre Santa Cruz, Náutico e Sport. A diretoria médica dos três clubes vem debatendo como adequar essa protocolo de forma padrão diariamente, inicialmente na questão dos treinamentos", disse Constantino Júnior.

"Importante a gente destacar que as vidas estão em primeiro lugar. Então a gente tem todo o cuidado nessa volta, que eu entendo que está programada para o dia 15 de junho, mas com uma pequena chance dessa data ser adiada. Então a gente tem que cumprir bem todo o protocolo passado pela Federação Pernambucana de Futebol e o Governo do Estado para que o futebol seja um agente que salve vidas e ajude a alertar as pessoas. E não o contrário. A gente tem que entender o momento. Aqui a doença foi muito grave e atingiu muita gente. Então o futebol tem que voltar com responsabilidade, seriedade e obedecendo os mais rigorosos protocolos para que a gente não seja um agente disseminador da doença. Pelo contrário. Que a gente faça esse protocolo e possa dar um exemplo para a sociedade de volta com segurança", comentou o dirigente coral.

OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA

LEIA MAIS

Fifa pede "bom senso" sobre possíveis punições para quem homenagear George Floyd

Volante do Santa Cruz avalia longo período sem futebol: 'mexe com o psicológico'

Futebol em Pernambuco terá redução de funcionários

RECEIO E PREVENÇÃO

O presidente do Santa Cruz também comentou que o receio para o retorno do futebol é normal, mas destacou que o cumprimento dos protocolos rigorosos de saúde podem diminuir o risco de contaminação do novo coronavírus. O mandatário coral ainda comentou sobre aqueles jogadores que estão levando suas famílias para outro estado, com o medo de contaminarem os familiares quando retornarem dos treinamentos diários.

"O receio é natural. Claro, feliz com a volta, mas é uma situação que não depende de clubes e nem de federações, mas sim da evolução da pandemia, que ninguém esperava que fosse parar tudo. A gente sabe da seriedade dos procolos da CBF e da FPF, com o alinhamento dos clubes para que a volta seja a mais segura possível. O que eu falo de receio é que temos relatos de pessoas que se cuidam, mas que acabam pegando com alguém da família. Se a gente der o passo certo, como vem sendo traçado, a gente diminui demais esse risco de contaminação", disse Constantino Júnior, que completa comentando sobre a transferência de familiares dos atletas para outros estados.

"É uma forma de preocupação. A gente sabe que o atleta de futebol muitas vezes é um cigano da bola, ele vive em cada ano num clube, às vezes até em dois clubes por ano. E é uma forma de preservar sua família. Claro que todos não têm condições de deixar sua família em outro estado. Também é um ano atípico onde as escolas estão fechadas e com aulas virtuais, então isso facilita esse processo. Não é um fenômeno apenas de Pernambuco. Os atletas que conseguem fazer isso estão preservando os seus familiares", finalizou o mandatário coral.

Comentários

Últimas notícias