Ao que tudo indica, o desejo dos clubes de Pernambuco de ter um mês de preparação antes da volta das partidas vai ser atendido. Entretanto, essa decisão deve ser respeitada não por vontade da Federação Pernambucana de Futebol - que anseia pela retomada das partidas o quanto antes -, mas sim devido às medidas preventivas adotadas pelo Governo e Secretaria de Saúde do Estado, no controle da pandemia do coronavírus, que seguem sem autorizar o retorno dos jogos de futebol nos estádios pernambucanos e, sequer, na última coletiva concedida virtualmente, estipulou uma data para a liberação das partidas.
Diante dessa indefinição, a tendência, é que o reinício do Campeonato Pernambucano não aconteça antes do dia 15 deste mês. Por outro lado, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, pretende se reunir na segunda-feira (6) com os representantes da Secretaria de Saúde do Estado para tentar conseguir essa autorização e dar continuidade ao Estadual. De acordo com o próprio mandatário da entidade esportiva, o seu desejo é que a competição volte no dia 12. Ou seja, se conseguir essa liberação, não estaria dando esse tempo hábil para que as equipes pernambucanas possam se preparar de forma adequada - tem equipes do interior que ainda não se reapresentaram e outras com menos de uma semana de trabalho.
Como a liberação do Governo para que os clubes voltassem a treinar só ocorreu no dia 15 de junho, a comissão técnica do Santa Cruz sempre se posicionou que o retorno das partidas não poderiam ocorrer em menos de um mês de preparação, já que os atletas ficaram confinados por mais de 90 dias e perderam condicionamento físico e ritmo de jogo. Valências consideradas impossíveis de recuperar em menos de um mês de trabalho. "Eu acredito que nenhuma equipe vai estar 100% preparada com quatro semanas de trabalho, principalmente, a gente pensando que os jogadores vieram de três meses parado. Seria necessário de mais tempo para a realização de uma partida com alto teor de intensidade e desempenho. Você até consegue jogar (após quatro semanas de treino), mas a qualidade técnica e física dos atletas vai ficar prejudicada pelo curto período de trabalho", explicou Igor Soalheiro, fisiologista do Santa Cruz.
Outra coisa que preocupa o membro da comissão técnica tricolor é com a provável maratona de jogos devido ao achatamento das competições. "Os estudos mostram que o atleta para se recuperar de uma partida para outra precisa de 72 horas. Mas esse período de recuperação pode aumentar dependendo de alguns fatores: qualidade do adversário (pode fazer mais esforço), importância da partida, campo disputado, placar do jogo (se tiver atrás e tiver de buscar o resultado)... Tudo isso pode influenciar na recuperação (teriam mais desgaste nessas situações). Então, trabalhamos com um planejamento de atividades preventivas para que consigamos fazer os treinos e partidas com a intensidade necessária e sempre passando as orientações, não só eu, mas a nutricionista, fisioterapeuta, preparador físico, falando importância do sono, da boa alimentação, hidratação e nos períodos de descanso, para que no jogo consigam desempenhar o seu melhor rendimento", contou Soalheiro.
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