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O que deu errado para o Santa Cruz? Veja deslizes que mantiveram o tricolor por mais um ano na Série C

Campanha como mandante, jejum de gols, expulsão e até jogo na chuva complicaram o caminho do tricolor na tentativa do acesso

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Carolina Fonsêca

Publicado em 18/01/2021 às 15:59
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A frustração marcou o fim do último domingo (17) para a nação tricolor. Mesmo vencendo o Brusque por 3 a 1, no Arruda, pela última rodada do quadrangular da Série C, o Santa Cruz não conseguiu se classificar para a Série B de 2021. Mais do que vencer, a Cobra Coral precisava que o Vila Nova perdesse ou empatasse no duelo contra o Ituano, o que não aconteceu. Passado o jogo, muitos tricolores devem ter se perguntado: onde foi que deu errado? O questionamento é pertinente, afinal, o Santa teve o melhor desempenho na primeira fase, se classificando para o quadrangular com cinco rodadas de antecedência. Mas essa "folga" fez o tricolor tirar o pé do acelerador. Custou caro. 

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O Santa terminou a primeira fase na liderança e com folga. Somou 37 pontos, seis a mais que o Remo, segundo colocado do Grupo A. Foram 11 vitórias, quatro empates e apenas três derrotas e 32 gols marcados. Parecia um anúncio de que o acesso estava garantido. Mas não foi só a tranquilidade do desempenho na primeira fase que comprometeu o Santa Cruz. Soma-se a isso, pelo menos, mais quatro eventos depois que o quadrangular começou. 

Campanha no Arruda 

Dos três jogos que fez em casa durante o quadrangular, o Santa Cruz perdeu um - por 2 a 1 para o Vila Nova, em 19 de dezembro - e empatou outro, por 1 a 1 com o Ituano, no dia 3 de janeiro. Venceu apenas o último jogo, contra o Brusque, no último domingo, por 3 a 1. 

Jejum de gols de Pipico

O centroavante Pipico não é o único responsável pela permanência do Santa Cruz na Série C. Entretanto, no papel de homem-gol, o jejum que ele viveu complicou bastante a vida da equipe coral na Série C. Pipico ficou sete jogos sem balançar as redes, voltando a marcar apenas na última rodada, quando abriu o placar da vitória sobre o Brusque. Após o jogo, o camisa 9 sentou-se à beira do gramado e permaneceu em silêncio. Era um dos mais desolados. 

Expulsão de Bileu em partida contra o Ituano, no Arruda 

Na quarta rodada do quadrangular, jogando em casa, o Tricolor do Arruda deixou escapar uma vitória contra o Ituano. O Santa chegou até a largar na frente, com gol de Didira aos 23 do primeiro tempo. Melhor em campo, tinha grandes chances de segurar a vitória. Até que, aos 40 da primeira etapa, Bileu cometeu duas faltas seguidas na intermediária e levou dois cartões amarelos em três minutos. Foi expulso. Com um a menos durante toda a segunda etapa da partida, o Santa Cruz tentou, mas não deu conta. Aos 32, o Ituano empatou o jogo. No domingo, a Cobra Coral sentiu falta desses pontos. 

Vila Nova, o algoz 

O Vila Nova se classificou para a Série B como o primeiro colocado do grupo C do quadrangular, com dez pontos. Seis conquistados em cima do Santa Cruz. A primeira das duas derrotas aconteceu logo na segunda rodada da segunda fase, no Arruda. Já sem a consistência que teve no início da competição, o Santa perdeu por 2 a 1. Na quinta rodada, visitou o adversário em Goiás, e encarou uma partida com chuva forte, prejudicial para o estilo de jogo mais leve da equipe coral. O resultado foi uma nova derrota tricolor por 2 a 1. 

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Depois desta trajetória, apenas vencer o último jogo não foi suficiente para o Santa Cruz. E com uma vitória simples por 1 a 0, em São Paulo, o Vila Nova carimbou o passaporte para a final da Série C e para a Série B de 2021, enquanto o Tricolor do Arruda amarga mais uma temporada na terceira divisão. 

 

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