Joaquim Bezerra explica saídas de Didira e Paulinho do Santa Cruz: "ou produz ou está fora"
O Santa Cruz comunicou os encerramentos dos contratos dos dois jogadores na noite desta sexta-feira (12)
A torcida do Santa Cruz foi surpreendida com um comunicado oficial do clube, publicado na noite desta sexta-feira (12), informando o encerramento dos contratos dos meias Didira e Paulinho. A decisão inesperada se deu por baixa produtividade, segundo o presidente coral, Joaquim Bezerra. Em entrevista ao Jornal do Commercio e ao Blog do Torcedor, o dirigente explicou melhor o desligamento dos dois atletas.
"Ou produz ou está fora. Quem não se adequar vai ter que sair. A gente já perdeu a Copa do Nordeste, porque já estamos precisando vencer todos os jogos. Se a gente não toma essa decisão, vai comprometer os campeonatos que estamos disputando. Não tenho compromisso com jogadores e nem com empresário. Meu compromisso é com o Santa Cruz", justificou Joaquim, acrescentando que houve "desalinhamento de estratégia" entre o clube e os jogadores.
"Após os dois primeiros jogos, chamamos individualmente. Perguntamos se o clube devia algo, se havia alguma insatisfação, alguma coisa. Eles disseram que não, que precisavam descansar. A comissão colocou em descanso", relatou o presidente do Santa Cruz. Além de Paulinho e Didira, o zagueiro Danny Morais e o atacante Chiquinho também foram chamados para conversas individuais.
"Contra o Central, jogamos com a base. Contra o ABC, perdemos. Contra o Salgueiro, perdemos de novo. Nos quatro jogos, eles não quiseram produzir", lembrou Bezerra. "Se é para perder a Copa do Brasil, que seja com a base, porque eles não tem salário e nem quilometragem para jogos decisivos", pontuou.
O presidente contou que durante a conversa com os jogadores, disse: "Vocês estão vendo o esforço que estamos fazendo, nós precisamos que vocês produzam dentro de campo porque estou dando o meu sangue e eu preciso do mesmo".
De acordo com o dirigente, os jogadores que tiveram os contratos renovados representam 75% da folha salarial do clube, um grupo de oito jogadores. "Eles não produziram. Eles precisam mostrar que tem que ser jogado e suado, não pode entrar em campo para compor", acrescentou. Didira tinha contrato com o Santa até o final de 2021 e Paulinho até o final de 2022.