O "xadrez político" do Sport começou a ficar mais claro nessa sexta-feira. Após a sua saída do processo eleitoral, marcado para o dia 18 de dezembro, o presidente Milton Bivar pediu licença do cargo e o vice Carlos Frederico será o responsável por coordenar o fim da gestão. Além disso, nos bastidores, os grupos de ex e atuais dirigentes começaram a definir os candidatos. Apoiado por ex-presidentes, entre eles, Luciano Bivar, irmão de Milton, Homero Lacerda, Severino Otávio (Branquinho), Jarbas Guimarães e Wanderson Lacerda, o advogado Delmiro Gouveia confirmou que disputará a eleição. E outro novo nome ainda pode surgir.
Ainda não é oficial, mas a "safra nova" de ex-diretores, junto com alguns empresários, pode lançar Nelo Campos e Leonardo Lopes como "cabeças" de chapa. Ainda não foi cravado quem seria o presidente e o vice. A corrida eleitoral do Leão ainda conta com os opositores e pré-candidatos Eduardo Carvalho e Luís Carlos Belém.
Em contato com a reportagem do Jornal do Commercio e Blog do Torcedor, Milton Bivar alegou que um dos motivos de ter solicitado o afastamento é a necessidade de cuidar da saúde após quase duas temporadas desgastantes sob o comando do Leão. Na segunda passagem no Executivo, ele assumiu o Sport afundado em dívidas milionárias aumentadas nas duas gestões anteriores. Mesmo com muita "turbulência", conseguiu o título Estadual e o acesso à Série A na temporada passada.
LEIA MAIS
> Sport anuncia contratação do atacante Vinícius Popó
> Jair Ventura testa positivo para covid-19 e não comanda Sport diante do Atlético-GO
> Delmiro Gouveia confirma candidatura à presidência do Sport
> Presidente do Sport em exercício, Carlos Frederico diz que situação não lançará candidato
> Milton Bivar tira licença e Carlos Frederico assume presidência do Sport
> Desistência do presidente Milton Bivar aumenta incerteza na eleição do Sport
Saúde, por sinal, foi o motivo que levou o "sumiço" do vice-presidente Carlos Frederico dos holofotes da Ilha do Retiro. Ele precisou se dedicar a recuperação de um grave problema de saúde recentemente. O presidente em exercício deixou claro ao JC e Blog do Torcedor que a situação não lançará um candidato.
"Não há interesse nenhum. O Sport está muito dividido politicamente. Foi uma surpresa para nós observar os movimentos que fizeram, até mesmo dentro da coligação e união de forças que elegeram Milton há dissidências e há insatisfeitos. Então acha que a melhor forma desse pessoal estar dentro do clube é via eleição, via voto", explicou Carlos Frederico, que ainda revelou que não concorda com a realização da eleição durante o Brasileirão.
"O que Milton tentou desde o começo foi buscar um consenso. Ele emprestaria o nome dele para esse consenso, mas o que viu foi uma luta dentro pelo poder", acrescentou.
Em relação ao grupo dos ex-presidentes, os demais componentes da chapa devem ser confirmados na próxima semana. Um dos nomes especulados para comandar o Conselho Deliberativo é Luciano Bivar. Aos 46 anos, o Delmiro Gouveia já foi presidente do Cabanga Iate Clube e atualmente ocupa o cargo de diretor financeiro e administrativo, além de ser o atual presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores.
"Serei candidato. Não é uma vontade pessoal, mas a vontade de um grupo de manter um projeto de austeridade. Temos o apoio do ex-presidente Luciano Bivar, Eduardo Monteiro, Gustavo Dubeux, Jarbas Guimarães, entre outros", comentou Delmiro. Ele ainda respondeu ao ser questionado e disse que, se eleito, não quer ninguém ligado aos ex-presidentes Arnaldo Barros e João Humberto Martorelli na direção.
"Respeito muito a pessoa do Gustavo Dubeux, o qual tenho a máxima estima, inclusive agradeço o apoio dele, é um excelente empresário e trata-se de uma pessoa responsável administrativamente e financeiramente. Mas toda a diretoria será escolhida por mim. Uma coisa é apoio, outra coisa é ser composto", explicou.
Já do lado de Nelo Campos e Leonardo Lopes está um grupo de ex-dirigentes, como por exemplo, Júlio Neto, Fred Borba e Augusto Moreira. Nelo e Leonardo foram diretores de futebol de Milton Bivar (2020) e Arnaldo Barros (2018), respectivamente.
Comentários