Entre as muitas convicções do ambiente corporativo que a pandemia de covid-19 escancarou, chacoalhou e ressignificou está a inovação: se antes esse princípio era tido por muitas organizações como uma meta a ser buscada em um futuro próximo, a inovação se impôs, a ferro e fogo, como elemento essencial de empresas dos mais diversos segmentos. Quem não inovou não sobreviveu às repercussões da pandemia - e só pôde inovar quem colocou a aprendizagem continuada no centro da rotina corporativa.
Aqueles que não tinham adotado esse princípio agora o têm como regra. "Muito mais que um processo de gestão, o desenvolvimento de gente precisa ser visto como um valor, uma busca incessante e inesgotável, onde o centro e o direcionamento dessa evolução são as necessidades do cliente e as tendências do futuro", avalia Anna Katharina Gordiano, analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em Pernambuco.
Ao estabelecer seu plano de desenvolvimento contínuo, a organização precisa definir os objetivos dessa política. Uma das principais metas, segundo Anna Katharina, são a autonomia e o protagonismo do colaborador. "Ter colaboradores fazendo o que gostam torna o processo de desenvolvimento orgânico e natural: eles são fascinados pelo que fazem. Uma seleção assertiva quanto ao potencial do indivíduo e ao propósito convergente entre pessoa e organização faz toda diferença. Assim, a forma de mensurar a jornada de desenvolvimento deve ser a entrega de resultado, os pontos de fricção do negócio e as oportunidades de crescimento frente às tendências de futuro e o talento das pessoas", pontua a especialista.
Quem lê com atenção percebe que as pessoas precisam estar no foco das decisões, sobretudo quando o assunto é a aprendizagem contínua. Essa leitura vai ao encontro da visão da analista do Sebrae. "Na essência da estratégia de desenvolvimento, precisa existir um ambiente propício ao aprendizado, por isso a humanização das empresas é tão importante. Bem-estar, condições favoráveis para novas práticas e aprendizado estão intimamente relacionados. Além disso, o desenvolvimento das pessoas não pode estar sob responsabilidade da empresa e da área de pessoas, mas ser uma busca permanente dos colaboradores e das lideranças que fazem parte das organizações. Sendo assim, a área de pessoas deve estimular a cultura de cuidar de gente e de resultados, com um ambiente seguro, ferramentas de reflexão e registros de necessidades, e assim, tornar a prática de desenvolvimento algo vivo dentro da organização", ensina.
É o que se vê na Procenge, empresa de TI especialista no desenvolvimento de soluções de gestão empresarial personalizadas e integradas. Com 50 anos de mercado e participante do Porto Digital, no Recife, a organização atua para transformar os processos dos clientes, tendo a inovação, a eficácia e os resultados sustentáveis como alicerces. Todos esses feitos só são possíveis graças à contínua capacitação e atualização de seu capital humano.
Investir na aprendizagem contínua nas empresas também é uma forma de valorizar o colaborador
"Formar nossos profissionais e mantê-los atualizados sobre o produto que comercializamos e sobre as tendências de mercado é essencial para seguirmos competitivos e para valorizar nossos colaboradores, incentivando-os a buscar aperfeiçoamento. A Procenge sempre foi reconhecida por ser uma verdadeira 'escola', em que diversos profissionais de TI aprendem na prática e se desenvolvem na carreira. Atualmente, existem dois caminhos de aprendizagem na empresa: por meio da área de Gestão de Pessoas e pela Universidade Corporativa Procenge", detalha Cíntia Fonseca, gerente de Gestão de Pessoas da Procenge.
A oferta de aprendizagem contínua para os colaboradores da Procenge se inicia em cada gestor, responsável por desenvolver, junto à equipe, uma trilha de aprendizagem. "Nessa trilha são apontados cursos e treinamentos que irão contribuir para o resultado e o desenvolvimento de hard e soft skills. Em relação ao treinamento para a área de Produtos, a UniProcenge realiza trimestralmente capacitações de atualização sobre o software ERP Pirâmide, nosso principal produto, e também fica disponível para solicitações específicas de cada equipe", explica a executiva.
O cenário imposto pela pandemia obrigou a organização a se adaptar, como relembra Cíntia. "Com o início do home office, diversos treinamentos que eram realizados presencialmente na sede ou até mesmo nos clientes precisaram ser remotos. A tecnologia sempre foi uma grande aliada, o que se fortaleceu nesse contexto. Desde então, todos os treinamentos relacionados ao produto são realizados por meio de videoconferência. Softwares como Teams colaboram para esse desenvolvimento".
Além das trilhas de aprendizagem que gestores e equipes elaboram juntos, o colaborador também pode dar sugestões ou fazer solicitações que levem ao aprimoramento da política de aprendizagem existente na Procenge. "Isso pode ser levado tanto para o time de Gestão de Pessoas quanto para a equipe da Universidade Corporativa. Além disso, temos um espaço interno virtual, onde é possível compartilhar links com sugestões de cursos com os colegas e até promover eventos sobre skills desenvolvidas pelo time. Como exemplo, temos nossa área de Design, que promove o 'Design Talk', em que os colaboradores compartilham conhecimentos relacionados ao tema", ilustra Cíntia Fonseca.
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