Coluna do Estadão

Apesar de mutirões, PL perde mais filiados do que ganha desde vinda de Bolsonaro

Em novembro, quando o presidente se filiou, o partido comandado por Valdemar Costa Neto tinha 761.640 filiados, segundo o TSE. No mês passado, o total registrado foi de 761.415

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Alberto Bombig

Publicado em 16/03/2022 às 7:08
Análise
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Abrigo prioritário de parlamentares bolsonaristas para as disputas de 2022, o PL tem patinado na tentativa de ser o "novo PSL" em outro aspecto também tratado como meta por dirigentes que articularam a chegada do presidente Jair Bolsonaro à sigla: o aumento do número de filiados para além de quem já tem mandato Enquanto, em 2018, três meses após a chegada de Bolsonaro, o PSL ganhou cerca de 14 mil novos adeptos, agora com o PL o efeito tem sido o contrário: a sigla tem perdido filiados mês a mês. Em novembro, quando o presidente se filiou, o partido comandado por Valdemar Costa Neto tinha 761.640 filiados, segundo o TSE. No mês passado, o total registrado foi de 761.415

Até cansar

O PL tentar repetir o "case" do PSL e seu "17" em 2018, com orientações para que lideranças usem o número da sigla, 22, repetidamente.

É passado

Na onda da chegada de Bolsonaro, o PSL conquistou antes da eleição quatro vezes mais filiados do que siglas rivais naquela disputa.

Deixa quieto

O efeito da chegada de Sérgio Moro ao Podemos também pouco influenciou na atração de novos filiados à sigla. De novembro pra cá, o número total de adeptos caiu de 407 975 para 407.817.

Eu, hein

Recém-filiada ao PL, Carla Zambelli (SP) disse que um dos motivos de ter decidido não ir para o PP foi que Guilherme Mussi, presidente estadual da sigla, parecia irredutível em apoiar Rodrigo Garcia (PSDB), e não Tarcísio de Freitas (PL), para governador.

Tenso

Além do conflito entre o Ministério de Minas e Energia e a Casa Civil para indicar diretores da ANP e da Aneel, outros dois atores da República fizeram saber que estão descontentes com a condução do processo: o Senado e o Tribunal de Contas da União.

Olha lá

Partidos preteridos podem impor resistência aos nomes do Executivo. Um exemplo é a disputa pela diretoria-geral da Aneel: Sandoval Feitosa, mais cotado para o cargo, conta com o aval do ministro Ciro Nogueira, enquanto Efrain da Cruz, nome pouco ventilado, tem apoio no Senado.

Se eu fosse você

Não bastasse seu comando da política econômica, que volta e meia é comparado ao das gestões petistas, Paulo Guedes vive, assim como Dilma Rousseff, às voltas com críticas pela alta do preço dos combustíveis.

Pressão

Organizações de trabalhadores da saúde pública pressionam o Congresso exigindo a derrubada do veto presidencial que impede a licença compulsória sobre as patentes para vacinas, diagnósticos e novos medicamentos para a covid-19.

Pressão 2

Um documento da Internacional dos Serviços Públicos (ISP) protestando contra a falta de medicamentos será divulgado hoje e é assinado por mais de 20 organizações.

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