Coluna do Estadão

Etnias indígenas se unem pela primeira vez para defender territórios da mineração

Um dos resultados dessa Aliança é uma carta-manifesto para denunciar o garimpo ilegal

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Camila Turtelli

Publicado em 28/03/2022 às 8:50 | Atualizado em 15/04/2022 às 2:02
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A insistência do governo em avançar com a liberação da mineração em terras indígenas tem promovido alianças inéditas do lado da resistência. Os povos Kayapó, Munduruku e Yanomami se reuniram pela primeira vez na história na Aliança em Defesa dos Territórios para barrar o avanço do texto. "Os três povos são diferentes, mas somos um sangue só. Estamos abrindo esse novo caminho para que as futuras gerações continuem a viver", disse o líder Davi Kopenawa Yanomami. Um dos resultados dessa Aliança é uma carta-manifesto para denunciar o garimpo ilegal. As três etnias estarão juntas em Brasília no Acampamento Terra Livre, data que deve coincidir com a votação na Câmara.

Sob observação

O projeto que libera a mineração em terras indígenas está em análise por um Grupo de Trabalho, criado por Arthur Lira (PP-AL), na Câmara após ter a urgência aprovada pelos parlamentares no mês passado, com forte apoio da base.

Também quero

O delegado Fabiano Bordignon, nomeado em 2018 pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública
Sérgio Moro como chefe do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), estuda uma possível candidatura nas eleições deste ano. Ele fez um pedido de filiação ao Podemos do Paraná.

Avaliação

"Não se trata necessariamente de uma pré-candidatura e sim de ajudar a construir um projeto consistente e com a liderança adequada para tirar o Brasil dos acostamentos extremos", disse Fabiano Bordignon nas redes sociais.

Reconsidere aí

O presidente do PV, José Luiz Penna, tem sido voz solitária ainda em defesa da entrada do PSB na
federação com PT e PCdoB. Apesar do esforço, o próprio dirigente reconhece que o "casamento" está
consumado e deve ser oficializado já logo após a janela partidária.

Do jogo

Depois de ameaçar deixar a base do governo, o Republicanos, de Marcos Pereira, virou o jogo e acertou
a filiação de Tarcísio de Freitas e Damares Alves. Truco bem dado.

Respirando

A larga liderança nas pesquisas para o governo do Pará tem dado ao atual governador, Helder Barbalho
(MDB), a tranquilidade para trabalhar em sua bancada estadual na Câmara. Ele ainda não fez um anúncio
oficial sobre sua pré-candidatura e não quer precipitar o clima de campanha, dizem aliados.

Bonde

O governador apoia um quarteto para o Salão Verde da Câmara: sua mãe Elcione Barbalho (MDB); sua
secretária de Cultura, Úrsula Vidal; a primeira-dama de Ananindeua, Alessandra Haber; e a deputada estadual Renilce Nicodemus (MDB).

Barbada

Barbalho ainda não se colocou como pré-candidato, apesar de seus aliados terem como certa sua
candidatura. O meio político do Pará aponta o senador Zequinha Marinho como o principal adversário de Helder na eleição.

Pronto, falei

"As denúncias no ministério da Educação são tão graves que já tem estatura sistêmica e até insinua
captura do Estado por grupos especializados em lesar o erário", diz o deputado Fábio Trad (PSD-MS).

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