Você já leu ou viu falar sobre "second hand"? Trata-se de uma novidade da moda com viés sustentável. A alta do e-commerce e o aumento do valor das moedas estrangeiras mudaram a forma de aquisição dos produtos de luxo, com aumento da revenda dos usados. Tudo em bom estado.
Estudo realizado pela Boston Consulting Group apontou que esse segmento cresceu 12% ao ano entre milionários. O 'BCG - Altagamma True-Luxury Global Consumer Insight 2019' também demonstrou que já representa 7% do mercado de luxo.
Também chamado de resale, a venda ou aluguel de itens usados tem números expressivos; de brechós até lojas chiques. Na Internet, Enjoei, Peguei Bode, Reuse Brechó, Repassa e Recicla Luxo são os mais famosos.
A consultora de imagem Rosélis Gomes sempre foi consumidora de brechó há mais de 15 anos e destaca o custo-benefício como maior vantagem. "Entrei na loja para saber do preço e era uma pechincha. Arrematei o cinto, depois um óculos e não parei mais. Despertei também para a consciência do consumo consciente e no impacto ao meio ambiente", comenta.
Essa forma de 'garimpo' valoriza também o tempo de produção da roupa, como também possibilita encontrar peças que saíram do mercado - trazendo aquele tom de exclusividade. "Roupa é reflexo da expressão. Sempre gostei da diversidade. Essa versão me traz originalidade e autenticidade", continua Rosélis. A dica, segundo ela, é pensar na necessidade, qualidade, e, claro, o valor.
Jacyra Salsa criou, na pandemia, a Salsa Luxury (@salsaluxury, foto 1), para vender bolsas, óculos, carteiras e bolsas. Tudo de grife, sobretudo, internacional. Do Insta, virou ponto físico na Torre. "As bolsas são as mais procuradas, sobretudo, as da Louis Vuitton e Chanel. Não dura um dia sequer", conta Jacyra.
Juliana Santos também se engajou nesta onda. Criou, no segundo andar, da DSH, a Circular (@ajudeacircular, foto 2). São produtos seus e do guarda-roupa da mãe, Lilia Santos. Usados, mas em excelente estado. "Dez por cento da renda ainda é revertida para instituições", explica.
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