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espíritas | Notícia

Mudanças para manter o rumo

O tempo célere passa não deixando rastros, mas a sabedoria Divina nos dotou de instrumentos necessários para a execução da nossa tarefa na Sua grande obra: o pensamento e o sentimento.

Por OTÁVIO PEREIRA DE OLIVEIRA Publicado em 15/01/2023 às 6:00

A marcha do tempo é inexorável. Ele não pede permissão e nem espera que nós o acompanhemos. Considerando a finitude da nossa situação de encarnados, torna-se necessário que cada um de nós busque cumprir o compromisso reencarnatório assumido.

Quando nosso contrato em uma das suas cláusulas registra a nossa atividade na divulgação da Doutrina Espírita. Requer que o nosso desempenho não seja só na divulgação doutrinária, nem apenas no auxílio da nossa melhoria moral, mas, sobretudo, na ajuda da Humanidade no caminho para a sua melhoria moral. Os recursos para isso nos foi dado há séculos. Jesus nos legou um manual prático e imprescindível: o Evangelho.

O tempo célere passa não deixando rastros, mas a sabedoria Divina nos dotou de instrumentos necessários para a execução da nossa tarefa na Sua grande obra: o pensamento e o sentimento.

O pensamento nos leva a compreendermos a magnitude da tarefa e as atitudes que deverão ser adotadas, segundo o que Jesus nos ensinou. O sentimento nos leva a enriquecer nossos pensamentos e buscar no infinito amor legado por Ele.

Quantos de nós se perdeu no caminho do retorno à Casa Paterna e quantos manipulou a árvore do Cristianismo a sua vontade e interesse. Quantos crimes foram cometidos em seu nome? Podemos citar vários: inquisição, guerras religiosas, divisões religiosas, omissão diante da escravidão dos negros, cristianização dos selvagens brasileiros a força, dentre tantos outros desmandos.

Mas o Pai, na sua sabedoria, permitiu que outros não santificados dessem seus depoimentos e falassem das suas experiências como encarnados que foram. Kardec nos traz, através da Codificação Espírita, a compreensão do nosso papel existencial sem que precisássemos desencarnar.

A Doutrina Espírita era a grande árvore plantada na França, no dizer do Dr. Deumere. Essa árvore foi transplantada no Brasil, que viria a ser “O Coração do Mundo, a Pátria do Evangelho”. Para que isso fosse viabilizado, surgiram os Centros Espíritas, que mais tarde se tornariam as Federações.

Nós que fazemos a Federação Espírita Pernambucana (FEP) herdamos o privilégio de mantermos acessa a forma simples e objetiva, a chama da Doutrina sem a maquiarmos segundo a nossa vontade e conveniência.

É nesse contexto que se tornou necessário termos uma administração humana, para que se pudesse, de forma clara, difundir o pensamento cristão na sua pureza. Seria impossível administrá-lo sem que uma equipe, cujos membros assumiram, em harmonia, várias funções departamentais. É hora de lembrarmos um pensamento do filósofo Frances Montaingne: “Não importa o que sabemos, mas o que fazemos com o que sabemos”. O Espiritismo espera isso de cada um de nós.

Otávio Pereira de Oliveira é trabalhador voluntário da Federação Espírita Pernambucana (FEP)