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JC
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JC
Publicado em 26/02/2023 às 0:00

OTÁVIO PEREIRA DE OLIVEIRA
Nós vivemos num mundo onde as informações correm numa velocidade nunca vista. Muitas são as mensagens divulgadas sem a devida análise. Simplesmente se tornam públicas, sem que seja medida as possíveis consequências que elas podem gerar. Como a Casa Espírita é uma extensão da sociedade em que está inserida, não pode ser portadora dos mesmos vícios e hábitos que foram desenvolvidos ao longo do tempo. Desprezando, muitas vezes, a lógica e a razão, privilegiando a curiosidade, a irresponsabilidade, quando há o interesse particular e irresponsável que alguns insistem em manter, para que fiquem em evidência. Não importando o volume que elas podem alcançar. É muito claro os pontos básicos que regem a conduta e os procedimentos que devem ser seguidos pelas Casas Espíritas e seus profitentes. Dentre as atividades desenvolvidas, duas se destacam com muita clareza: as reuniões públicas e as reuniões mediúnicas.
As reuniões públicas cumprem duas finalidades. A primeira visa esclarecer os ensinamentos emanados das obras básicas e das obras complementares da Doutrina Espírita. Já a segunda funciona como intervenção complementar coletiva para os que estão em tratamento espiritual e para aqueles que não têm uma evidência de comprometimento espiritual, se podemos assim dizer. É o tratamento preventivo de assédios espirituais e de despertamento no seu papel no mundo de expiação e de provas. É uma reunião aberta ao público, independente do credo ao qual o participante pertença.
As reuniões mediúnicas, quer as de educação – cujo objetivo é ajudar os médiuns a controlar as suas mediunidades e exercitá-las no serviço do bem nas duas dimensões –, quer as de desobsessão – que têm a finalidade precípua de ajudar no tratamento dos encarnados e desencarnados, prestando a oportunidade das suas manifestações e o devido esclarecimento – são de caráter privativo. Portanto, todas as manifestações devem permanecer entre os seus componentes, inclusive evitadas em conversas familiares. O caráter sigiloso não implica em segredo, mas na manutenção e cuidado com os reflexos advindos da publicidade das manifestações ocorridas nas reuniões. Se o assunto é de interesse de alguém ou de algum órgão da Casa, as informações devem ser tratadas com o cuidado necessário à segurança das atividades, principalmente das reuniões mediúnicas.
O Evangelho Segundo o Espiritismo, no seu capítulo XXIV nos alerta, através de um ensinamento do próprio Jesus, no seu item 4: “Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, a fim de que todos que entram possam vê-la”. Ele não diz que tenhamos que revelar, inconsideravelmente, todas as coisas, uma vez que cada ensinamento deve ser proporcional à inteligência de quem o recebe, e também porque há pessoas que uma luz muito viva pode ofuscar sem esclarecer. Convém lembrar que o nosso papel como participante de uma reunião mediúnica deve ser o do trabalhador responsável pela manutenção e divulgação da Doutrina naquilo que for necessário.
Também é importante destacar que os Cursos de Formação não dispõem de todos os ensinamentos necessários para a estruturação intelectual. O aperfeiçoamento contínuo e o permanente estudo são necessários e imprescindíveis. Não nos preocupemos com as dificuldades que ocorrem no nosso lar, no trabalho ou em outros lugares, porque a espiritualidade amiga sabe das nossas apreensões. Nossas vibrações são essenciais para o bom equilíbrio da reunião. Reflitamos!

Otávio Pereira de Oliveira é trabalhador voluntário da Federação Espírita Pernambucana (FEP)

 

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