Jair Bolsonaro concorda com divulgação do vídeo que é peça-chave do seu inquérito no STF envolvendo Sergio Moro

Cabe ao ministro Celso de Melo, relator do caso, decidir em que momento a gravação poderá ir a público

Douglas Hacknen
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Publicado em 12/05/2020 às 21:11 | Atualizado em 12/05/2020 às 21:38
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O presidente fez o pronunciamento sobre o tema no Twitter - FOTO: Foto: AFP

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se pronunciou na noite desta terça-feira (12) sobre o vídeo da reunião ministerial em que ele teria demonstrado intenção de interferir politicamente na Polícia Federal para proteger familiares e aliados. Através de sua conta oficial no Twitter, o mandatário demonstrou não estar preocupado com a divulgação de trechos do encontro.

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"Qualquer parte do vídeo que seja pertinente ao inquérito, da minha parte, pode ser levado ao conhecimento público", escreveu Bolsonaro.

Veículos de comunicação informaram que a gravação da reunião ministerial entregue para o STF pelo Planalto mostra o presidente dizendo que as investigações da PF poderiam prejudicar familiares e pessoas próximas dele. Por esse motivo, o dia foi de instabilidade no mercado financeiro e o dólar que registrava queda, fechou o dia em alta, custando R$ 5,86.

No vídeo, Bolsonaro teria afirmado que pretendia mudar cargos na Polícia Federal no Rio de Janeiro. Em resposta, o presidente disse que os relatos são falsos.

Mesmo com a declaração pública do chefe do Executivo autorizando a veiculação do vídeo, cabe ao relator do caso e ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Melo, decidir em que momento a gravação poderá ir a público e se irá na íntegra, ou será disponibilizado trechos referentes à acusação. Antes que a divulgação ocorra, o vídeo ainda será transcrito. Também foi solicitado por Celso de Melo uma perícia na gravação para constatar possíveis alterações no conteúdo original.

 

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