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Coronavírus é tragédia inimaginável nos lares para idosos, diz OMS

Até 13 de abril, das 444 mortes registradas na Irlanda, por exemplo, 55,2% foram nesse tipo de estrutura, segundo a OMS

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Publicado em 23/04/2020 às 16:44 | Atualizado em 23/04/2020 às 16:44
SEBASTIEN BOZON / AFP
Ao todo, foram registradas 704 mortes e 3.278 infectados em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), segundo a Anvisa - FOTO: SEBASTIEN BOZON / AFP

As mortes causadas pelo coronavírus nas residências para idosos, que representam até metade dos falecimentos em alguns países, são uma "tragédia humana inimaginável" - afirmou o diretor para Europa da Organização Mundial da Saúde, Hans Kluge, nesta quinta-feira (23).

Nestes estabelecimentos, a situação é "profundamente preocupante", acrescentou Kluge, em videoconferência com a imprensa, de Copenhague, sede do braço europeu da OMS.

Segundo cálculos preliminares da instituição em alguns países, "até metade das mortes por COVID-19 é de residentes de instituições de cuidados de longa duração", relatou.

Até 13 de abril, das 444 mortes registradas na Irlanda, 55,2% foram nesse tipo de estrutura. Em 15 de abril, a França anunciou que 49,4% dos mortos moravam em estabelecimentos para idosos, conforme os números informados pela OMS à AFP.

Para Kluge, "existe uma necessidade imediata e urgente de repensar e adaptar o funcionamento" destes estabelecimentos frente à epidemia.

Trata-se, em particular, de priorizar os testes, de equipar bem os profissionais da saúde e de organizar unidades especiais para os doentes com COVID-19.

"Muitas pessoas muito idosas, que são frágeis e vivem com múltiplas doenças crônicas, têm boas chances de se recuperarem, se forem bem atendidas", afirmou.

Quase metade dos casos notificados de COVID-19 no mundo foi registrada na seção Europa da OMS, que compreende 53 países tão heterogêneos quanto Rússia e Andorra.

Esta seção da OMS se preocupa com o aumento dos casos em sua parte leste, em particular na Rússia, na Turquia e na Ucrânia. 

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

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