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Conflitos deixam mais de 660 mil deslocados durante pandemia, diz ONG

ONU fez apelo por um cessar-fogo global durante a pandemia de coronavírus

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Publicado em 22/05/2020 às 10:36 | Atualizado em 22/05/2020 às 10:38
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De acordo com o NRC, 661.000 pessoas foram deslocadas em 19 países desde então - FOTO: Foto: AFP

Mais de 660.000 pessoas tiveram de deixar suas casas em zonas de conflito desde março, apesar do apelo da ONU por um cessar-fogo global durante a pandemia de coronavírus - informou nesta sexta-feira (22) a ONG Norwegian Refugee Council (NRC).

Segundo a ONG, seus dados provam que os conflitos armados continuaram durante a pandemia, apesar do confinamento imposto em grande parte do planeta.

A convocação do diretor-geral da ONU, António Guterres, em 23 de março, também não resultou em uma trégua global durante a pandemia.

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De acordo com o NRC, 661.000 pessoas foram deslocadas em 19 países desde então. O maior movimento populacional foi registrado na República Democrática do Congo (RDC).

"Enquanto especialistas em saúde nos pedem para ficar em casa, homens armados forçam centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas em meio a uma vulnerabilidade extrema", denunciou o secretário-geral do NRC, Jan Egeland.

"Isso não fere apenas aqueles que são forçados a fugir, mas mina seriamente nossos esforços conjuntos para combater o vírus", acrescentou.

Egeland também pediu aos líderes mundiais que "aproveitem a ocasião" e pressionem, de forma unânime, por um cessar-fogo global e por mais unidade para proteger todas as comunidades contra a COVID-19.

A ONG pediu aos membros do Conselho de Segurança da ONU que lancem um "apelo claro" aos beligerantes para que abandonem as hostilidades e "resolvam seus conflitos com o diálogo, permitindo uma resposta ordenada à pandemia".

Segundo a organização, os confrontos entre grupos armados e militares na República Democrática do Congo forçaram 482.000 pessoas a abandonarem suas casas.

No Iêmen, 24.000 pessoas tiveram de deixar seus lares desde 23 de março por causa do conflito, enquanto no Afeganistão, na República Centro-Africana, na Síria, na Somália e na Mianmar foram mais 10.000 pessoas neste mesmo período, completou o NRC.

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