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Grupo hacker Anonymous ameaça expor crimes da polícia americana e mundial

O perfil no Twitter fez acusações contra os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro

JC
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Publicado em 01/06/2020 às 8:30 | Atualizado em 02/06/2020 às 10:26
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O grupo de hacker voltou a se manifestar após a morte do afro-americano George Floyd - FOTO: Reprodução

O conhecido grupo de hackers “Anonymous’ voltou a aparecer em destaque no último domingo (31) e se manifestou em meio aos protestos nos Estados Unidos provocados pela morte de George Floyd, homem negro de 46 anos, por um policial americano. Em vídeo publicado pela manhã no Twitter, onde tem mais de 3 milhões de seguidores, o perfil da organização enviou uma mensagem à polícia norte-americana e ameaçou expor "muitos crimes" cometidos pela polícia em todo o mundo. Tim Waltz, governador do Minnesota, onde Floyd morreu, confirmou que os computadores do estado foram atacados.

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O Anonymous afirma estar cansado “da corrupção e da violência de uma organização que promete mantê-las seguras". Para eles, policiais que matam pessoas e cometem outros crimes precisam ser responsabilizados, como todos. “Caso contrário, eles acreditarão que têm licença para fazer o que quiserem”, afirmou voz no vídeo.

“Você vai dizer que este é apenas o trabalho de algumas maçãs podres, mas o que falar de oficiais que não fazem nada enquanto cometem ofensas contra as pessoas que encontram? E os departamentos de polícia que se recusam a processar esses criminosos como se fossem um dos cidadãos que eles juraram proteger? Após os eventos dos últimos anos, muitas pessoas agora estão começando a aprender que vocês não estão aqui para nos salvar, mas sim para nos oprimir e realizar a vontade da classe dominante criminal", continua mensagem no vídeo.

O grupo ainda fala que a sociedade está "acordando" diante do "sistema global de opressão". "Vocês estão aqui para manter a ordem das pessoas no controle. De fato, você é o próprio mecanismo que as elites usam para continuar seu sistema global de opressão, e o planeta finalmente está acordando para isso. Eles estão ficando cada vez mais zangados toda vez que veem sangue sem necessidade derramado sem consequências.”

Por fim, o grupo fala do policial Derek Chauvin, envolvido na morte de George Floyd. "Os oficiais devem enfrentar acusações criminais, e o oficial Chauvin [Derek Chauvin, suspeito de ter assassinado Floyd], especialmente, deve enfrentar acusações de assassinato. Infelizmente, não confiamos na sua organização corrupta para fazer justiça, então estaremos expondo seus muitos crimes ao mundo. Nos aguarde" concluiu.

Donald Trump

Em menção a tweet do presidente Donald Trump sobre criminalizar movimentos antifascistas (Antifa), a conta também acusou de matar Jeffrey Epstein para cobrir história de tráfico de crianças e estupro, mostrando ter provas. Em seguida, afirmou quea Rússia faz chatagem ao presiednte sobre crime organizado, em especial, tráfico de humanos, crianças e estupro. “Talvez a polícia devesse parar de atirar em manifestantes e prender criminosos”, afirmou. Ainda, desafia “as autoridades norte-americanas e a Interpol a abrir uma investigação sobre o @realDonaldTrump e seu envolvimento na rede de tráfico de crianças”.

 

Jair Bolsonaro

Questionada a investigar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a conta afirmou: "Algo que as pessoas devem olhar no Brasil é investigar se Bolsonaro tem algum vínculo com o traficante e estuprador de crianças John Casablancas, um associado próximo de Trump que atuou como proxy para os negócios no Brasil sob algum cargo obscuro e indefinido."

 

Anonymous Brasil 

Uma das ações recentes do grupo no Brasil, no perfil (@AnonymouBrasil) do Twitter, o grupo atacou parentes e aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na última segunda-feira (1º), considerado e auto intitulado conservador. Foram divulgados dados do próprio Bolsonaro, do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-SP), do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), do ministro da Educação, Abraham Weintraub, da ministra Damares Alves, do deputado estadual Douglas Garcia (PSC-SP), e do cofundador da Havan, Luciano Hang.

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Logo após a divulgação em uma de suas contas no Twitter, ela foi suspensa. Os documentos divulgados trazem informações como nome completo, endereços, telefones, número de título de eleitor, RG, e-mails, bens declarados, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e dívidas registradas.

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