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"Não há bala de prata"

COVID-19

Agência O Globo
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Publicado em 04/08/2020 às 6:00
FABRICE COFFRINI / AFP
Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que "os fabricantes podem fazer mais, pois receberam um financiamento público significativo" - FOTO: FABRICE COFFRINI / AFP
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GENEBRA (Suíça) — A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ontem que, embora exista uma grande esperança em torno de uma vacina contra a covid-19, pode nunca haver uma "bala de prata" contra o coronavírus, que já infectou milhões de pessoas ao redor do mundo.

"Não existe uma bala de prata no momento e pode nunca haver", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, em entrevista coletiva online na sede da entidade, em Genebra.

Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que, apesar do avanço no desenvolvimento das vacinas, o mundo poderá não encontrar a 'bala de prata' contra o novo coronavírus. Ele anunciou que agora serão iniciados estudos epidemiológicos, em Wuhan, para identificar a fonte potencial de infecção dos primeiros casos.

Liderando os esforços mundiais para deter a pandemia de covid-19, a OMS vem reafirmando diariamente que é possível controlar a disseminação da doença e reduzir a mortalidade com políticas de testagem em massa, rastreamento de casos suspeitos e adoção de medidas de distanciamento social e higiene, com o devido exemplo de lideranças e com apoio às comunidades, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.

"A mensagem para as pessoas e os governos é clara: façam tudo", disse Tedros, que afirmou também que as máscaras devem se tornar um símbolo de solidariedade em todo o mundo.

A organização reforçou a velocidade com que avanços científicos têm sido feitos em relação à melhoria dos testes, dos tratamentos e, especialmente, das vacinas. Hoje, três experimentos com imunizantes já evoluíram para a fase 3 dos testes clínicos.

"Isso não significa que teremos a vacina, mas a velocidade com que os avanços são feitos não tem precedentes", comentou Tedros. "Há a preocupação de que não haja uma vacina eficaz ou que sua imunização dure apenas alguns meses. Não saberemos até a conclusão dos testes."

 

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