Considerada a "primeira do mundo", a vacina russa Sputnik V, aprovada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta última terça-feira (11), deve começar a ser aplicada em profissionais de saúde, professores e em pessoas que tem contato com grandes massas. As informações foram passadas pelo estudante de Medicina André Vieira, que mora na Rússia atualmente.
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"O primeiro grupo vai ser os profissionais da área da saúde. Depois vem os professores e pessoas que tem contato com grandes massas. O terceiro grupo vai ser de idosos e pessoas com comorbidades. Depois que esses grupos receberem a vacina, ela começará a ser aplicada nos outros grupos", explicou, em entrevista à Rádio Jornal nesta quarta-feira (12). A produção já foi iniciada, no entanto, a distribuição e aplicação do imunizante vai começar em duas semanas.
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O brasileiro também explicou que a aplicação da vacina é voluntária, só vai receber quem quiser. "A vacina é feita a partir do componente do DNA do vírus e será aplicada em duas doses. A vacina vai ser aplicada de forma voluntária nas pessoas. Aqueles que não queiram receber a vacina, vão ter a opção de não receber".
O estudante contou que a filha do presidente Putin já tomou as duas doses da vacina e, segundo o governo, já apresenta imunidade.
"Ele (Putin) afirmou que a filha dele recebeu as duas doses da vacina. Na primeira dose, ela apresentou um aumento de temperatura de 38,5°, no segundo dia de 37° e depois da segunda dose já apresentou melhora."
Rússia e Paraná
O governo do Paraná assinou, na última quarta-feira, um convênio com a estatal russa para produzir a vacina Sputnik V. Pelo acordo, o estado poderá testar, produzir e distribuir a vacina. A Rússia anunciou hoje que registrou sua vacina, inicia a produção em massa em setembro e começará a distribuí-la no país em outubro.
Não há data definida para o começo da ação no Paraná porque ainda é preciso liberação da Anvisa para a testagem e distribuição de vacinas. O Paraná já havia anunciado em 24 de julho que uma cooperação com a Rússia estava em andamento. O possível acordo foi discutido em uma reunião que aconteceu em Brasília entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.
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