O consórcio mundial criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir a vacinação contra a covid-19, tem negociado para levar o imunizante aos países por um preço médio de US$ 10 por dose, que corresponde a cerca de R$ 55. O valor é mais baixo do que empresas apresentaram nos últimos meses. Para que uma pessoa seja imunizada, a estimativa é de que seja necessário que ela tome duas doses da vacina.
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A vacina seria distribuída gratuitamente para cerca de 90 países mais pobres do mundo. O Brasil, no entanto, não está na lista, pois é considerado como uma um país que tem uma economia de renda média. Com isso, o governo brasileiro terá que pagar pelo imunizante.
O Brasil já afirmou que pretende fazer parte da aliança, mas está negociando os termos de seu compromisso. Após ter fechado o acordo, o governo terá até o dia 18 de setembro para indicar o valor que etá disposto a destinar à aliança, em que os primeiros pagamentos devem ser realizados até o dia 9 de outubro. A proposta da aliança é de que, até outubro, governos destinem 15% do valor que vão se comprometer.
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Numa primeira fase, as vacinas que irão sair do consórcio serão destinadas a trabalhadores do setor de saúde, pessoas com doenças e idosos. Isso significaria 20% em média da população dos países. Com relação ao Brasil, isso corresponde a cerca de 40 milhões de pessoas.
Considerando as duas doses necessárias, o Brasil gastaria US$ 20 por pessoa, que no total daria US$ 800 (cerca de R$ 4,4 bilhões).
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Entenda como funciona a corrida pela vacina contra o coronavírus
Se as pesquisas em curso confirmarem o sucesso que obtiveram até então, as vacinas de covid-19 serão as mais rápidas já desenvolvidas pela ciência. Menos de um ano depois dos primeiros casos da doença na China, em dezembro de 2019, testes em milhares de humanos já estão sendo feitos pelo mundo, incluindo o Brasil.
Entre as pesquisas consideradas mais promissoras, quatro realizam testes no país: a vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, do Reino Unido, a das farmacêuticas Pfizer (EUA) e BioNTech (Alemanha), a vacina Coronavac, criada pela empresa chinesa Sinovac, e a unidade farmacêutica da empresa Johnson & Johnson, a última que teve testes clínicos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na semana passada.
Antes de serem aplicadas em grande número de voluntários, essas fórmulas passaram por uma série de testes para verificar a segurança. Mesmo assim, muito trabalho ainda será necessário para garantir que elas sejam eficazes o suficiente para chegar aos postos de vacinação de todo o planeta e ajudar a conter a pandemia. O caminho entre o laboratório e a imunização será explicado pela Agência Brasil nesta semana.
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