Os downloads dos aplicativos chineses TikTok e WeChat serão proibidos nos Estados Unidos a partir de domingo (20), informou o departamento de Comércio nesta sexta-feira (18), citando ameaças à "segurança nacional".
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"O Partido Comunista da China mostrou que tem os meios e a intenção de usar esses aplicativos para ameaçar a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos", disse o departamento americano em um comunicado.
Os Estados Unidos cumprem, assim, a ameaça que o presidente Donald Trump lançou contra esses dois aplicativos chineses, em um contexto de grande tensão entre os dois gigantes econômicos.
Washington deixa, porém, uma porta aberta para o TikTok, um aplicativo muito popular entre os jovens para compartilhar vídeos curtos, antes de proibi-lo completamente de operar em seu território.
"O presidente deixa até 12 de novembro para resolver as questões de segurança nacional levantadas pelo TikTok. As proibições poderão ser levantadas, se necessário", disse o Departamento do Comércio.
O TikTok, que pertence ao grupo chinês ByteDance, opera sob condições nos Estados Unidos desde o início de agosto.
Acusando o app de espionagem para o governo chinês, Trump assinou um decreto para exigir a venda de suas atividades americanas até 20 de setembro, sob pena de proibição no país.
As gigantes americanas Microsoft e Walmart fizeram uma oferta para comprar as atividades do TikTok, mas a ByteDance a rejeitou no domingo.
O grupo de software californiano Oracle apresentou uma oferta para se tornar o "parceiro tecnológico confiável" do TikTok. Seus detalhes não foram divulgados.
"Embora as ameaças representadas pelo WeChat e pelo TikTok não sejam idênticas, elas são semelhantes. Cada um coleta uma quantidade significativa de dados dos usuários", observou o Departamento do Comércio.
A plataforma WeChat, que pertence à gigante chinesa Tencent, é onipresente na vida do povo chinês para mensagens, pagamentos remotos e reservas, entre outros usos.