EUA

Facebook apaga anúncios de Trump enquanto tensão eleitoral aumenta nas redes sociais

A retirada dos anúncios destacou o desafio para as plataformas de redes sociais, que buscam checar as inúmeras afirmações falsas que surgem durante a acirrada campanha eleitoral

AFP
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Publicado em 01/10/2020 às 15:13 | Atualizado em 01/10/2020 às 15:13
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Usuários do Facebook têm reclamado de instabilidade na rede social desde o início da tarde desta segunda-feira (4) - FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Facebook afirmou que apagou anúncios de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos quais dizia que seu rival democrata Joe Biden é "perigoso" para o país por querer permitir uma imigração maior.

Com esta medida, tomada na noite de quarta-feira (30), a rede social tenta evitar a desinformação.

Os anúncios retirados diziam que Biden era "perigoso para os Estados Unidos" e denunciava que o democrata permitiria um "aumento" da imigração, sugerindo que isso poderia provocar um maior risco para a segurança e contra o coronavírus.

"Retiramos esses anúncios porque não permitimos afirmações de que a segurança física, saúde ou a sobrevivência das pessoas sejam ameaçadas com base em sua origem nacional ou estado de imigração", disse o Facebook em uma declaração.

A retirada desses anúncios destacou o desafio para as plataformas de redes sociais, que buscam checar as inúmeras afirmações falsas que surgem durante a acirrada campanha eleitoral - muitas das quais são geradas por Trump.

No início deste ano, o Facebook retirou um anúncio do presidente que continha um símbolo usado na Alemanha Nazista para designar os prisioneiros políticos.

Por outro lado, o Facebook também afirmou que estava esclarecendo suas regras sobre os anúncios que tentam questionar a legitimidade do processo eleitoral, em meio a comentários recentes de Trump que sugerem que a contagem de votos não é confiável.

"Além de proibir os anúncios que fazem declarações prematuras de vitória, também não permitiremos anúncios com conteúdo que busque deslegitimar o resultado da eleição dos Estados Unidos", disse o gerente de produtos do Facebook, Rob Leathern.

"Isso incluiria apelar para um método de votação intrinsecamente fraudulento ou corrupto, ou usar incidentes isolados de fraude eleitoral para deslegitimar o resultado de uma eleição".

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