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Pesquisas apontam que tipo sanguíneo pode influenciar no risco de contaminação pelo novo coronavírus

Os estudos realizados na Dinamarca e no Canadá foram publicados nessa semana

JC
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Publicado em 16/10/2020 às 13:43 | Atualizado em 17/10/2020 às 8:33
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A hipótese é de que pessoas do grupo O possuam menor tendência a adquirir covid-19 - FOTO: FOTO:JAILTON JR./JC IMAGEM

Com informações do UOL

A possibilidade de que um indivíduo seja contagiado pelo novo coronavírus pode variar de acordo com seu grupo sanguíneo. Pessoas que são do grupo O possuem uma menor tendência a adquirirem a covid-19, enquanto os outros tipos correm maior risco de desenvolverem quadros clínicos severos. As hipóteses apresentadas desde março foram constatadas em dois artigos publicados na última quarta-feira (14), através da revista científica Blood Advances.

Um dos estudos foi realizado na Dinamarca, no Hospital Universitário de Odense. Para tal, os cientistas compararam cerca de 470 mil testes de covid-19 com um grupo de controle de 2,2 milhões, da população em geral. Pessoas que tinham o tipo sanguíneo O apresentaram 13% menos probabilidade de testar positivo para covid-19 em comparação com aquelas que eram dos grupos A, B ou AB. 

O segundo estudo, feito pela Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, acompanhou 95 pacientes graves que estavam hospitalizados em Vancouver. Os pesquisadores observaram que os grupos sanguíneos A e AB apresentaram um risco maior de evolução grave da doença. Nesses grupos sanguíneos também foi possível notar uma tendência maior da necessidade de longas internações em UTIs do que nos grupos O ou B.

OUTRAS PESQUISAS

Em março, um estudo chinês concluiu que portadores do tipo A eram mais facilmente infectados do que os de outro grupo sanguíneo, a pesquisa não foi submetida a revisão independente.

A companhia de biotecnologia 23andMe realizou um estudo com 750 mil indivíduos e concluiu que os de tipo O estariam entre 9% e 18% menos expostos a contrair a doença.

Em junho, pesquisadores alemães e noruegueses acompanharem 1.610 pacientes graves e observaram que pessoas do grupo sanguíneo A manifestaram risco 45% mais alto de uma evolução grave, com duas vezes mais chances de necessitarem oxigênio ou respiração artificial. Enquanto o sangue O teria um tipo de efeito protetor que implicaria 35% menos riscos.

Os diferentes anticorpos produzidos pelos tipos sanguíneos seriam a justificativa, segundo especialistas. O efeito do grupo sanguíneo na capacidade de coagulação também é apontado. Apesar disso, pesquisas realizadas em Harvard e pelo Columbia Presbyterian Hospital, em Nova York, não conseguiram encontrar correlação.

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