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Bebê nasce com anticorpos contra o novo coronavírus, na Espanha

Presença de anticorpos leva médicos a acreditarem que recém-nascido pode ter adquirido proteção pela placenta da mãe

Thalis Araújo
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Thalis Araújo
Publicado em 27/10/2020 às 20:03 | Atualizado em 27/10/2020 às 20:31
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Criança nasceu na última sexta (23) - FOTO: PIXABAY

Um bebê, nascido na última sexta (23), no Hospital Universitário San Jorge, na cidade de Huesca, na Espanha, apresentou anticorpos contra o novo coronavírus. O recém-nascido passou por um teste sorológico. Ele ainda chegou a testar positivo para a covid-19 em um primeiro teste PCR, porém, em um outro tipo de exame, negativou para a doença. Este último tipo de verificação coletou amostras do nariz ou da garganta da criança com cotonetes.

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De acordo com o site UOL, informações da imprensa espanhola destacaram que esse caso intrigou os médicos, por conta do primeiro diagnóstico positivo para o coronavírus. Contudo, depois de ser respeitado o protocolo de esperar 48 horas para a realização de um novo teste PCR, o diagnóstico negativo leva a acreditar que o recém-nascido pode ter adquirido os anticorpos pela placenta da mãe, o que acontece raramente no mundo. O mais frequente é quando há a presença do vírus no bebê, que pode acontecer até pela contaminação do ambiente.

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No caso do recém-nascido espanhol, a hipótese de transmissão pela placenta é a mais provável, uma vez que os bebês não são capazes de gerar por si mesmos a imunidade contra o novo vírus. O processo é chamado de transmissão vertical.

A mãe, que deu à luz na última sexta, já tinha testado positivo para o novo coronavírus num teste PCR quando deu entrada no hospital. Isso reforça a ideia de transmissão dos anticorpos pela placenta, que fornece nutrientes da mãe para o feto.

Ainda existe a possibilidade de transmissão no parto, quando o bebê indica positivo para a presença do coronavírus, o que não foi o caso do recém-nascido na Espanha, porque o segundo exame PCR deu negativo para covid.

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

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