'GLORIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA'

Twitter e YouTube vetam conteúdos de Steve Bannon, ex-assessor de Trump, por incentivar assassinatos

Bannon foi um dos criadores da campanha presidencial de Trump em 2016

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Publicado em 06/11/2020 às 16:58 | Atualizado em 06/11/2020 às 17:33
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Bannon pediu o assassinato de várias autoridades americanas. - FOTO: STEPHANIE KEITH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

O Twitter e o YouTube confirmaram nesta sexta-feira (6) que baniram o conteúdo postado em suas plataformas por Steve Bannon, um ex-assessor do presidente Donald Trump, depois que ele pediu o assassinato de várias autoridades americanas, incluindo o epidemiologista Anthony Fauci.

A conta @WarRoomPandemic, chamada assim por causa nome do programa virtual de Bannon, foi "permanentemente suspensa por violar as regras do Twitter, especialmente nossa política em relação à glorificação da violência", anunciou o Twitter em um comunicado.

Por sua vez, o YouTube retirou pelos mesmos motivos de sua plataforma o episódio em que Bannon fez essas declarações em seu canal, que ainda está ativo e tem mais de 200.000 inscritos.

"Continuaremos vigilantes na implementação de nossas políticas durante o período pós-eleitoral", ressaltou Alex Joseph, porta-voz do YouTube.

O canal não poderá enviar novos vídeos por ao menos uma semana, informou o YouTube.

Em um episódio gravado na quinta-feira, Bannon atacou Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, assim como o chefe do FBI, Christopher Wray, dizendo que queria "voltar aos velhos tempos dos Tudor na Inglaterra" para colocar as "cabeças em lanças" e então colocá-las "em ambos os lados da Casa Branca como um aviso aos burocratas federais".

Bannon, de 66 anos, foi um dos criadores da bem-sucedida campanha presidencial de Trump em 2016 antes que o magnata republicano o demitisse.

Suspeito, junto com outras três pessoas, de ter desviado recursos supostamente destinados à construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, Bannon foi preso e acusado no final de agosto. Ele, no entanto, nega as acusações.

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