O Colégio Eleitoral americano sacramentou, há pouco, a vitória do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Com a confirmação do triunfo na Califórnia, o democrata soma 302 votos no Colégio Eleitoral, acima dos 270 necessários para tomar posse em 20 de janeiro. A expectativa é de que, até o fim do dia ou no início da madrugada desta terça-feira (15), ele reúna os 306 delegados conquistados nas eleições presidenciais de novembro.
Seguindo o rito constitucional, os 538 delegados do Colégio Eleitoral se reúnem nesta segunda-feira (14) para depositar nas urnas seus votos para presidente. Esta etapa é considerada uma formalidade, mas adquiriu importância neste ano diante da contestação, sem provas, da lisura do pleito por parte do atual presidente, Donald Trump. O mandatário da Casa Branca obteve 232 votos no Colégio Eleitoral.
Depois disso, as cédulas seguem para Washington e serão somadas apenas em 6 de janeiro, quando, em sessão do Congresso, o presidente do Senado e vice-presidente, Mike Pence, deve proclamar oficialmente o nome do novo presidente americano e da vice-presidente, Kamala Harris.
Biden pretende discursar sobre a vitória no Colégio Eleitoral ainda nesta noite, às 21h30 de Brasília.
Trump, por outro lado, já afirmou que pretende lutar até o fim para reverter o resultado do pleito. Na semana passada, a Suprema Corte rejeitou duas ações judiciais que tentavam invalidar a votação em estados cruciais, entre eles Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin - todos vencidos por Biden. Mesmo assim, o republicano sustenta que continuará a batalha jurídica.
Brasil
A confirmação do êxito de Biden pelos delegados tende a repercutir no Brasil. Aliado de Trump e descolado de outras lideranças mundiais, o presidente Jair Bolsonaro ainda não cumprimentou o democrata e, a interlocutores, disse que só viria a fazê-lo após a votação no Colégio Eleitoral.