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OMS investiga mutação coronavírus, mas ressalta que forma de contágio não mudou

A OMS evita atribuir a segunda onda de covid-19 na Europa à mutação agora confirmada pelo governo britânico.

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Agência Estado
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Publicado em 21/12/2020 às 16:43 | Atualizado em 21/12/2020 às 16:43
NE10
As investigações por parte da OMS estão acontecendo para descobrir se existe uma mutação no vírus - FOTO: NE10
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda investiga detalhes sobre a mutação do novo coronavírus, confirmada neste fim de semana pelo Reino Unido, com transmissibilidade 70% maior. "Estamos buscando informações. Haverá detalhes em torno da variante nas próximas semanas", disse em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 21, a epidemiologista do Programa de Emergência em Saúde da OMS, Maria Van Kerkhove. Por outro lado, a especialista destacou que não há indicações de mudança na forma de contágio da mutação e, por isso, os atuais protocolos de prevenção devem ser mantidos - e até mesmo ampliados. "Faça o que puder para se manter seguro".
Kerkhove evitou atribuir a segunda onda de covid-19 na Europa à mutação agora confirmada pelo governo britânico. "Pode ser a variante, mas também os fatores comportamentais", afirmou, em referência ao relaxamento de medidas preventivas por parte da população. Por isso, a epidemiologista defendeu o aperto de restrições no Reino Unido. "Elas são necessárias neste momento". Entre ontem e hoje, mais de dez países já suspenderam voos com origem na Grã-Bretanha, incluindo Itália, Áustria e Bélgica.
O diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mark Ryan, por sua vez, fez questão de ressaltar na coletiva de imprensa que a mutação do coronavírus pode ser ainda "mais eficiente" - fator informado por autoridades de saúde do Reino Unido -, e pode ter impacto significativo nos números de infectados. Até o momento, contudo, Ryan ressaltou, não há informações de que a mutação cause aumento da mortalidade entre os contaminados.
 
Peter Ilicciev/FioCruz
A importação é necessária para que a vacinação emergencial comece ainda no mês de janeiro - FOTO:Peter Ilicciev/FioCruz

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