Países europeus começam a proibir uso de máscaras caseiras nas ruas
Na França e na Alemanha, por exemplo, as máscaras utilizadas devem ser de modelo cirúrgico da categoria 1
Em meio a um pico de infecções da covid-19 e de variantes mais transmissíveis, diversos países europeus têm buscado medidas mais efetivas para retardar a propagação do vírus. A obrigatoriedade do uso de máscaras faciais de modelos cirúrgico, médico, FFP2 ou de pano da categoria 1 (industrial) é um exemplo disso.
O governo francês, por meio do Conselho Superior de Saúde Pública (HCSP), já determinou que os cidadãos não utilizem máscaras caseiras quando saírem às ruas. "Continuam válidas todas as máscaras com capacidade de filtrar o ar superior a 90%", explicou o ministro da Saúde Olivier Véran, em entrevista à rádio France Inter.
Os modelos industriais de pano da categoria 1 respeitam essa regra, diferente das máscaras de pano caseiras. "As máscaras fabricadas em casa com as melhores intenções do mundo não respeitam as normas e não oferecem todas as garantias necessárias exigidas pelo Alto Conselho de Saúde Pública", completou Véran.
Além disso, a norma industrial francesa aponta que as máscaras de categoria 1 filtram 90% das partículas e as de tipo 2 apenas 70%. Deste modo, máscaras de pano caseiras (comunitárias) e modelos industriais de categoria 2 não devem ser utilizados.
Além da França, a Alemanha também tem exigido a utilização de máscaras FFP1 ou FFP2 em espaços de grande movimentação, como o transporte público, locais de trabalho e lojas. O estado alemão da Baviera foi ainda mais longe. Lá, as pessoas só devem utilizar máscaras de grau cirúrgico N95, que filtram 95% das partículas de ar.
De acordo com a chanceler alemã, Angela Merkel, a disseminação de novas variantes do coronavírus, detectadas pela primeira vez no Reino Unido, África do Sul e Brasil, é a causa desta tomada de medidas mais rígidas na Europa. "Peço às pessoas que levem isso a sério. Caso contrário, é difícil evitar uma terceira onda", disse Merkel.